A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou, no dia 1º de fevereiro último, estado de emergência internacional por causa da provável relação entre o zika vírus e a microcefalia. Até hoje, a Organização Mundial da Saúde só havia tomado essa decisão em outros três casos. Em 2009, com a proliferação do H1N1, que começou pelo México e se espalhou; em 2014, com o novo surto da pólio; e no mesmo ano com o ebola, que matou mais de 11 mil pessoas no oeste da África.
Agora, as principais recomendações são para aumentar a vigilância e as pesquisas sobre as relações entre o zika e a microcefalia. Como medidas de precaução, a OMS pede esforços para controlar a propagação do vírus e orientações para a proteção da população, especialmente das grávidas. Como cuidados a longo prazo, a OMS quer um avanço nas pesquisas para vacina, para um diagnóstico mais rápido e confiável e para o tratamento.
O presidente da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha, diz que a declaração de emergência internacional da OMS é muito importante e bem-vinda, “porque você pode otimizar esforços globais em pesquisas, desenvolvimento, áreas de diagnósticos, vacina, métodos melhores de combate ao vetor, sem que isto seja encargo de um país específico, isolado”. E acrescenta que com isso, faz com que o problema passe a ser uma tarefa da OMS e de todos os países “porque este é um problema global e não só dos países onde já existe o problema, como é o caso da África, Ásia e dos países da América Latina”. Gadelha informa que há estudos que mostram que partes dos Estados Unidos como o Golfo do México e a Flórida também já estão sendo impactados pelo vírus Zika.
Arte: Eliel Almeida
Destruição dos focos
Uma Medida Provisória publicada também no dia 1º permite que os agentes de saúde forcem a entrada em imóveis públicos ou particulares - mesmo que o dono não seja encontrado - para destruir focos do mosquito transmissor. O governo determinou também que as empreiteiras de obras públicas orientem os funcionários para impedir a criação de focos nos canteiros de obras.
O Aedes aegypti é um mosquito doméstico. Ele vive dentro de casa e perto do homem. Com hábitos diurnos, o mosquito se alimenta de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. A reprodução acontece em água limpa e parada, a partir da postura de ovos pelas fêmeas. Os ovos são colocados em água limpa e parada e distribuídos por diversos criadouros.
Por isso, união, estados, municípios e a sociedade devem trabalhar juntos para a eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti. A orientação da campanha é para que toda família determine o sábado como dia de combate aos focos do Aedes. Em menos de 15 minutos é possível fazer uma varredura em casa e acabar com os recipientes com água parada– ambiente propício para procriação do Aedes aegypti.
Confira, a seguir, mais informações importantes sobre o assunto:
- O que é dengue, Chikungunya, Zika, microcefalia
- Como efetuar a limpeza de reservatórios de água
- Cartilha – Tudo sobre o Zika Vírus
Edição Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP
Com informações do Ministério da Saúde, da OMS e da Agência Brasil