O governo interino tenta construir uma base de apoio sindical. Um dos expedientes tem sido a visita do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB), a entidades de classe. Na terça (24), ele se reuniu com a diretoria da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), em Brasília. Na quarta (25), reuniu-se, em São Paulo, com dirigentes estaduais da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e dirigentes de Sindicatos filiados à Central.
Foto: Agência Sindical
Nailton Francisco de Souza, diretor de comunicação da Nova Central, informou à Agência Sindical que a visita foi informal e possibilitou à direção nacional e Sindicatos filiados posicionarem-se a respeito do que esperam de um comando efetivo na Pasta do Trabalho.
“O Nogueira esteve na sede pra conhecer melhor nosso trabalho e se apresentar. Nós aproveitamos a oportunidade para nos posicionar sobre reformas que estão sendo defendidas pelo Michel Temer”, diz Nailton. A visita ocorreu no dia em que o presidente interino anunciou propostas de reformas que trazem retrocessos trabalhistas.
O ministro voltou a se comprometer a não tomar decisões sem consultar as Centrais. “Essa declaração soa contraditória, quando o presidente Temer anuncia medidas que nós rechaçamos, como mudança na idade mínima pra se aposentar”, comenta Nailton. A Central também cobrou maior investimento para aparelhar a Pasta e melhorar a fiscalização nos locais de trabalho.
O tom da visita foi marcado pela necessidade de se resgatar a dignidade da classe trabalhadora e fortalecer o ministério na questão do desemprego. “O ministério precisa ser fortalecido para enfrentar o desemprego, buscando qualificação profissional e a abertura de novos postos de trabalho”, destaca o presidente da Central, Ricardo Patah.
O presidente elogiou a disponibilidade do ministro em estar em contato com os representantes dos trabalhadores e a intenção de criar um Grupo de Trabalho (GT) que avalie as questões ligadas ao movimento sindical. “A criação desse Grupo converge com alguns de nossos princípios, que incluem a ética e o sindicalismo cidadão, que acreditamos ser o caminho”, diz Patah.
Fonte: Agência Sindical