Em São Paulo (SP), cerca de 30 mil pessoas participaram do ato do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, Rumo à Greve Geral, Nenhum Direito a Menos", chamado por centrais sindicais e organizações das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. A estimativa é dos organizadores, que também avaliam que o objetivo da manifestação foi cumprido, o de fazer um "esquenta" para uma greve geral, que deverá ser chamada como forma enfrentamento à tentativa de retirar direitos trabalhistas e sociais, proposta pelo governo Michel Temer.
Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas
Ato em São Paulo teve concentração na Paulista e se encerrou na Praça da República
Pela manhã, ocorreu um protesto em frente à Fiesp. Durante à tarde, houve concentração desde às 16h, em frente ao vão livre do Masp, na Avenida Paulista e, às 17h30, os manifestantes saíram rumo à Praça da República, no centro.
Douglas Izzy, dirigente da Central Única de Trabalhadores (CUT), explica quais são as consequências de uma das propostas, que é deixar o negociado prevalecer sobre a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). "Portanto, 13º, férias, licença maternidade, licença paternidade e outros direitos que estão garantidos na lei iriam para a Convenção Coletiva. Ou seja, os direitos estariam sujeitos a uma negociação direta entre patrão e empregado. Significa rebaixar o direitos dos trabalhadores, e nós somos contra".
Izzy afirmou que, embora o ato desta quinta tenha sido um aquecimento para a greve geral, as centrais ainda não definiram uma data para a movimentação nacional.
João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), avalia que "acima de tudo, a retirada de direitos, que vai implicar não só nos trabalhadores da cidade como nos trabalhadores do campo". "Diante disso, o MST e a Via Campesina se soma a esta manifestação, e acreditamos na possibilidade da construção da greve geral", afirmou.
Com informações de Brasil de Fato