Os trabalhadores do metrô de São Paulo ameaçam parar as operações de transporte no próximo dia 1º de agosto. Em assembleia na quinta-feira última (20/7), a categoria aprovou a realização de uma greve de 24 horas contra a terceirização das bilheterias e as reformas do governo Temer.
Os metroviários da Capital travam uma árdua luta contra a privatização do sistema e a terceirização das bilheterias. No final de junho último, quando o sistema terceirizado de venda de bilhetes entrou em vigor na Linha 5 – Lilás, um grupo de trabalhadores chegou a ocupar a estação Capão Redondo para resistir à medida.
Para o coordenador da secretaria-geral do Sindicato dos Metroviários Wagner Farjado Pereira, a terceirização das bilheterias “é um desrespeito total com a classe trabalhadora”. Segundo o sindicalista, a medida vai tirar profissionais concursados para colocar no lugar pessoas recebendo salários mais baixos, de R$ 800,00, sem nenhum direito. “Essa terceirização é um absurdo! É uma total precarização do trabalho”, afirma ele.
O dirigente diz ainda que a privatização das bilheterias das estações da linha 5 - Lilás e 17 - Ouro atingirá diretamente 1.200 trabalhadores, que, segundo a empresa, seriam remanejados. Porém, até o momento, não foi dada nenhuma garantia de que os postos de trabalhos serão mantidos. Na próxima terça-feira (25), os metroviários promovem ato público na Sé, a partir das 17 horas, em protesto contra a precarização.
Ferroviários também se mobilizam
Caso seja ratificada em nova assembleia, marcada para dia 31 próximo, os ferroviários também realizarão greve no dia 1º de agosto. A categoria reivindica a iniciativa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de reduzir os salários.
Publicado por Jéssica Silva
Comunicação SEESP
Com informações da Agência Sindical