Da assessoria de imprensa*
Cerca de cinco mil metalúrgicos na Volkswagen, em São Bernardo, realizaram na manhã desta quarta-feira (13) uma manifestação contra a reforma da Previdência. Os trabalhadores saíram em caminhada da sede da montadora até a pista local da Rodovia Anchieta, sentido litoral, na altura do Km 23,5 onde fizeram um ato contra a proposta, que pode ser votada pelo Congresso Nacional ainda neste ano. A mobilização na Volkswagen iniciou a série de protestos que serão organizadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC no decorrer desta semana, como parte da jornada de lutas da CUT e demais centrais sindicais contra as mudanças nas regras da aposentadoria.
Foto: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Metalúrgicos do ABC também dizem não à reforma previdenciária, porque vai dificultar
ou até mesmo impedir a aposentadoria dos brasileiros.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, destacou aos trabalhadores que as mobilizações na categoria não são apenas pela garantia da aposentadoria, mas também pelo futuro da classe trabalhadora no País. “Essa proposta, aliada à reforma trabalhista, à terceirização e à PEC dos gastos condena o trabalhador a um sistema de escravidão. Não queremos este destino para nenhum de nós, nem para nossos filhos e gerações futuras que entrarão no mercado de trabalho”, afirmou.
O dirigente defendeu que não há necessidade de mudanças na Previdência neste momento, visto que já foram realizadas alterações recentes na legislação. “Já existe na Previdência uma progressão que leva em consideração o aumento de idade da população, o chamado modelo 85/95. Estamos aqui hoje e permaneceremos nas ruas para tentar impedir a votação no Congresso. Vamos passar a semana fazendo muito barulho contra a retirada dos direitos”, ressaltou.
Participaram do ato, além de dirigentes do Sindicato, o presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, e o secretário-geral da entidade, Sérgio Nobre. Durante o protesto os trabalhadores manifestaram apoio à orientação das centrais sindicais de realizar paralisações ou mesmo uma greve nacional na semana que vem, caso a Câmara Federal coloque a PEC 287 (Proposta de Emenda Constitucional) em votação nos últimos dias de atividade do Congresso.
Nesta quinta (14) serão realizadas manifestações de trabalhadores na Ford e Mercedes-Benz, a partir das 7h.
* Sindicato dos Metalúrgicos do ABC