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18/01/2018

Decisão judicial suspende licitação de linhas do Metrô

Da CUT-SP
Por Vanessa Ramos

A 12ª Vara da Fazenda Pública da capital paulista suspendeu na tarde desta quinta-feira (18/01) o processo de licitação das linhas 5-Lilás e 17-Ouro (monotrilho) do Metrô. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tinha agendado o pregão para esta sexta (19). Esta é a segunda decisão contrária ao certame nesta semana - leia mais sobre isso aqui.

A decisão acatada pelo juiz Adriano Marcos Laroca, em resposta a um pedido feito pela bancada do Psol da Câmara Municipal, em conjunto com metroviários de São Paulo e a Federação Nacional dos Metroviários, foi dada no mesmo dia da greve de 24 horas contra a privatização, as demissões e o aumento de tarifas.

>> Confira a liminar

O coordenador de Patrimônio e Tesouraria do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Marcos Freire, destaca que a decisão é resultado da determinação, do trabalho incansável e da unidade dos movimentos sindical e sociais. Neste último período, lembra, três ações estão em andamento contra o governo paulista. “Barrar o leilão mostra o resultado da unidade na luta e do trabalho que estamos realizando com nossos parceiros em várias frentes de ação, inclusive na Justiça.”

Segundo ele, provavelmente o governo deve recorrer porque ainda cabe recurso. “Mas nós continuaremos resistindo,” afirma o dirigente. Mesmo com a suspensão do leilão, Freire afirma que está mantido o ato agendado contra a privatização das duas linhas em construção do Metrô para esta sexta (19), em frente à Bolsa, no centro paulistano.

Para vereadora de São Paulo, Sâmia Bomfim (Psol), a privatização do Metrô faz parte de um pacote de projetos que retiram direitos da classe trabalhadora. Estações privatizadas, assim como qualquer órgão público, costuma demitir trabalhadores e contratar terceirizados ganhando menos para algumas funções. “É uma vitória política e simbólica ainda mais neste momento em que tantos retrocessos acontecem”, afirma.

Segundo ela, só duas empresas tinham condições técnicas para concorrer neste leilão. “Uma delas, a Invepar, participa hoje um processo de licitação em São Paulo, mas está sendo ao mesmo tempo sendo comprada pela CCR, que é a segunda concorrente do leilão das linhas do metrô. Ou seja, há um favorecimento explícito”, denuncia.

 

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