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14/05/2018

Campanha como Maio Amarelo deveria ser constante, diz diretor do SEESP


Deborah Moreira

Comunicação SEESP


Há cinco anos instituído no Brasil, o movimento internacional Maio Amarelo ocorre em dezenas de países para chamar a atenção sobre o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. No entanto, para o diretor do SEESP, Edilson Reis, campanhas como essa deveriam ocorrer com mais frequência. “O Maio Amarelo é importante. Mas campanhas como essa deveriam ser constantes. Você só cria uma massa crítica quando se fala exaustivamente sobre o tema. Não adianta ser uma vez por ano, como o Maio Amarelo.  E aí, um dia ou um período você determina que intensificará as ações, agenda um grande evento", afirma Edilson Reis, que integra o Conselho Assessor de Mobilidade, do Conselho Tecnológico do SEESP.

 

 

maio amarelo SP

“É igual o Primeiro de Maio ou o 8 de Março, são datas para se intensificar as ações para atender as demandas do trabalhador e da mulher, mas não devem ser menores no dia a dia. E devem envolver governo, sociedade, entidades, incluir especialistas e todos em um grande debate”, completa.


O Maio Amarelo foi instituído a partir da decretação da “Década de Ação para Segurança no Trânsito”, em 11 de maio de 2011, pela Organização das Nações Unidas (ONU). Naquela ocasião, estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) contabilizou cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas. Com isso, o mês de maio se tornou referência mundial para balanço das ações que o mundo inteiro realiza.Atualmente, ocorre em mais de 27 países. Neste ano, o tema definido no Brasil foi “Nós somos o trânsito”.

Edilson Reis lembra que a capital paulista tem obtido êxito nesse aspecto. “A meta da ONU é reduzir o número de mortes no trânsito em 50% chegando a 6 mortes a cada 100 mil habitantes. A cidade de São Paulo está por volta de 8 a 9 mortes por cada 100 mil habitantes. Já o Brasil tem cerca de 23 mortes por cada 100 mil habitantes”, lembra.

Para o diretor do SEESP, essa redução na cidade é resultado da soma de diversas ações, inclusive, a redução da velocidade em vias expressas. “É comprovado que a redução de velocidade proporciona mais chance de sobrevivência em um acidente”, enfatiza. “Aqui, no sindicato, a gente apoiou e apoia a redução da velocidade. Tecnicamente, você consegue comprovar, por teoria, que há melhora do fluxo. Porque 50 quilômetros, por hora, se obtém baixo índice de mortalidade, em caso de acidente, ocupa melhor a via porque as distâncias de segurança ficam menores e cabem mais carros. Ou seja, muitos andarão a 50 quilômetros por hora e com isso se ocupa mais as faixas e melhora o fluxo”, completa.   


A gestão João Doria, ao assumir a administração pública, aumentou as faixas expressas das marginais, mantendo as demais de ônibus e local, 50 e 60 quilômetros, respectivamente.


Entre os tipos de acidente com vítima fatal com maior número de ocorrência está o envolvendo motociclistas. “Um acidente com um motoboy é quase sempre fatal”.

Outras medidas apontadas por Reis que vêm contribuindo para a redução dos índices foram a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança, inclusive no banco de trás; e a obrigatoriedade de usar o farol durante o dia nas estradas. Para ele, trata-se de uma importante medida de segurança: “Em 1990 desenvolvemos na CMTC para ônibus, que já andava com farol ligado na cidade, um backlight. Porque a luz do freio do ônibus não está no campo de visão do motorista do carro que está atrás de um ônibus. Com o backlight o motorista enxerga. Hoje, qualquer carro tem esse equipamento. A luz do farol baixo ligada ajuda a mostrar que existe um carro em movimento”.


Inspeção veicular

Outra medida defendida pelo SEESP é a inspeção de segurança do automóvel durante a inspeção veicular de emissões de poluentes. “A gente sempre defendeu que a inspeção de segurança do automóvel é muito mais importante do que a própria emissão. Porque existe já uma conscientização dos fabricantes dos motores que estão fabricando dentro dos limites exigidos”.

Mas, para que a medida tenha resultado, é preciso que a inspeção ocorrae em todo o estado ou no mínimo na grande São Paulo. Se for regionalizada, só na cidade, não é eficaz já que carros de outros municípios circulariam pelas vias.


Essa foi, inclusive, a justificativa do então prefeito João Doria (PSDB), para não sancionar o projeto de lei que previa o retorno desse tipo de fiscalização. O PL chegou a ser aprovado pela Câmara dos Vereadores, em 14 dezembro de 2017. As multas chegariam a até R$ 5.000 por veículo em caso de infrações. "Quem mora em Osasco, Cotia, São Bernardo, Santo André, Ribeirão Pires não faz? Tem que valer para todos”, declarou Doria na ocasião. A fiscalização está interrompida desde 2014, após suspeitas de fraude em contratos de serviço.




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