Comunicação SEESP
Diversos especialistas vêm reforçando a importância de medidas preventivas para combater a propagação do novo coronavírus no País, o Covid-19, dentre elas o isolamento voluntário, pois o vírus tem como principal característica a facilidade de contágio.
A rápida propagação, com números de infectados crescendo diariamente, torna a capacidade de assistência do sistema de saúde defasada. Situação que ocorre atualmente na Itália, segundo reportagem da BBC News Brasil.
A reportagem destaca que o isolamento visa achatar a curva de propagação do vírus. Pesquisa realizada no Reino Unido constatou que o distanciamento social poderia ter reduzido o número de infectados em até 66% na China.
Para além do número de infectados, o sistema de saúde conseguiria assim atuar plenamente. Em muitos casos são necessários até três semanas de internação em Unidades de Tratamentos Intensivo (UTI). O Brasil tem cerca de 40 mil leitos de UTI, sendo aproximadamente metade na rede privada e metade na rede pública, segundo dados da BBC. O jornal ainda destaca que 70% da população brasileira depende do Sistema Único de Saúde (SUS).
Outra medida que pode ser exemplo para o Brasil é a busca ativa por pessoas doentes, com diversos testes para identificar pessoas infectadas ou com suspeita de infecções. Também o monitoramento e isolamento de pessoas doentes e de todos que tiveram contato com elas; o reforço do papel individual e da consciência coletiva, como cuidados com higiene entre outros.
Confira a reportagem na íntegra:
Na Itália, o número de pessoas infectadas dobrava a cada três dias aproximadamente, saindo de 79 casos confirmados em 22 de fevereiro e chegando a 9 mil casos confirmados no início do mês de março. Na análise do biólogo e pesquisador Atila Iamarino, apresentada em vídeo disponível em seu canal no Youtube, na mesma proporção de contágio está a cidade de São Paulo.
Ele aponta que 20% das pessoas infectadas, com base no que houve na China e na própria Itália, precisam de cuidados nos hospitais e 5% precisam de internação em UTI. “Isso quer dizer que se chegarmos a 9 mil casos, 450 pessoas estariam precisando de UTI. Dois, três dias depois já seriam 900 [...] Isso já seria suficiente para lotar as UTIs de adulto em São Paulo [...] isso olhando para a quantidade de leitos no total, eu estou ignorando os leitos que já estão ocupados por outras pessoas com outros problemas”, ele frisa.
Nesse sentido ele ressalta como medida essencial que as pessoas procurem o hospital em casos de sintomas sérios.
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