Comunicação SEESP
Num esforço de informar população e órgãos públicos, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) desenvolveu o guia “Recomendações para a gestão de resíduos em situação de pandemia por coronavírus (Covid-19)”.
O novo coronavírus é persistente, conforme alerta o documento. O vírus causador da pandemia é um agente biológico que está enquadrado como classe de risco três, o que significa alto risco individual e moderado risco para a comunidade. Em superfícies como o plástico, por exemplo, o vírus pode permanecer por cinco dias.
Nesse sentido, o guia apresenta propostas de ações para os municípios, como prever em seus planos de contingência o aumento da frequência de limpeza e higienização de veículos e contentores e uso de desinfetante principalmente na cabine, locais de toque e tampas, além do aumento da frequência da própria coleta de resíduos.
O documento aponta também ações de responsabilidade do cidadão, no descarte de resíduos produzidos por pacientes em isolamento no domicílio, seja casos confirmados ou suspeitos de Covid-19, considerando preservar a saúde desses e, sobretudo, dos trabalhadores do setor de resíduos, que estão expostos a riscos de contaminação.
Os hospitais seguem padrões estritos de descartes de resíduos com risco de contaminação, mas a população, de um modo geral, não está habituada a esse reparo, conforme avalia a especialista em gestão de resíduos e vice-presidente da delegacia sindical do SEESP no Grande ABC, Silvana Guarnieri.
“A grande maioria do País ainda não está acostumada com questões da segregação dos resíduos e não faz coleta seletiva devida. Por isso, é preciso tomar cuidado também para que esse material não vá junto com o de reciclagem, porque aí sim uma contaminação muito maior pode acontecer”, salienta a diretora.
Na visão da engenheira, a divulgação de formas de descarte adequado é tão importante quanto sobre a utilização de máscaras neste momento de pandemia. “Todos estão usando [máscaras], quando é lavável tudo bem, mas quando é descartável, é preciso colocar num saco plástico antes de ser jogada no lixo comum”, ela afirma.
O texto da Abes, que teve a contribuição de integrantes da Comissão de Estudos Especiais de Resíduos de Serviços de Saúde da Associação Brasileira de Normas Técnicas (CEE 129 ABNT), está disponível no site da entidade para download gratuito. Clique aqui e confira.