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07/03/2024

João Antonio Zuffo aborda futuro da humanidade em “Lendas do amanhã”

Comunicação SEESP

 

Zuffo LivroJoão Antonio Zuffo e capa do livro que reúne contos futuristas. Foto: DivulgaçãoEditado em português e inglês, acaba de ser lançado o livro “Lendas do amanhã”, de João Antonio Zuffo, professor sênior do Departamento de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), instituição na qual foi professor titular até 2009, quando se aposentou.

 

A obra reúne contos cujo pano de fundo são as condições e o estilo de vida em meio ao avanço tecnológico previsto para os próximos 80 anos. O horizonte, explica ele, leva em conta evolução regular, sem considerar a possibilidade do surgimento de inovações revolucionárias, que impactariam o mundo ainda mais.

 

Pelo andar da carruagem imaginado por Zuffo, os seres humanos de quase um século à frente não serão muito distintos dos atuais, porém terão acentuado seu egocentrismo e hedonismo.

 

Com 380 páginas, o livro está à venda na Amazon, em formato impresso e eletrônico.

 

Um visionário da ciência e tecnologia nacionais
Em entrevista ao Jornal do Engenheiro em outubro de 2021, quando se dedicava a escrever o livro de contos lançado agora, Zuffo já adiantava preocupações com as próximas décadas. “O desenvolvimento tecnológico é fortemente concentrador de riqueza. Então é preciso saber o lugar que as pessoas com pouca instrução possam ocupar no futuro, precisamos de uma cruzada definitiva pela educação. E isso envolve a necessidade permanente de ter renda mínima. Resolver essa situação envolve uma mudança drástica no sistema econômico. [Se nada for feito], você vai ter uma classe alta extremamente rica e o resto da população na classe média para baixo, uma sociedade de castas”, advertia ele.

 

Na conversa, o professor, agraciado pelo SEESP em 1991 com o prêmio “Personalidade da Tecnologia” na categoria Informática, relata ainda como foi desenvolver o primeiro circuito integrado nacional, em 1971, e fala sobre as oportunidades perdidas pelo Brasil no setor de microeletrônica, apontando possibilidades para recuperar o prejuízo.

 

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