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21/02/2013

Artigo - Salário aquém do mercado em Tocantins

JoaoAragaoSeagentoO crescimento da economia brasileira, mesmo tímido, como avaliam alguns especialistas, provocou um aquecimento no mercado de trabalho em 2012. Nos últimos anos, em razão da expectativa de exploração de petróleo do pré-sal e das obras de infraestrutura para realização dos eventos da Copa do Mundo e Olimpíadas, aumentou ainda mais a oferta de vagas no mercado de trabalho, principalmente para profissionais qualificados.

Partindo desse princípio é que governo e empresas se mobilizam para formar e qualificar mão de obra. A existente demanda atinge praticamente todos os setores da economia, mas o mercado promissor está nas profissões ligadas à engenharia e tecnologia da informação. A alegada falta de gente habilitada nessas áreas tem inclusive provocado a entrada de estrangeiros no mercado brasileiro.

Embora a oferta de trabalho esteja em alta, uma das preocupações das entidades representativas das categorias profissionais é com a remuneração. Os engenheiros, arquitetos, geólogos e agrônomos têm piso estabelecido em nove salários mínimos, hoje R$ 6.102,00, conforme a Lei 4.950-A/66. No entanto, a maioria das empresas privadas no estado do Tocantins não cumpre a legislação.

Para combater essa prática, principalmente na indústria da construção civil, estamos lutamos para fechar um acordo coletivo de trabalho com o Sinduscon (sindicato patronal do setor), garantindo o piso. O mesmo acontece com os poderes públicos estadual e municipais. O sindicato vem cobrando insistentemente dos representantes dessas instâncias o cumprimento da legislação. O próprio governo divulga oportunidades no mercado, mas, contraditoriamente, não apresenta ou defende nenhuma política salarial para esses trabalhadores. Um exemplo grave é o salário de cerca de R$ 2.600,00, oferecido pelo Governo do Tocantins aos profissionais da engenharia no último concurso. Pior, tal é o salário pago a praticamente todas as categorias de formação superior que atuam na administração estadual, incluindo educadores.

* por João Alberto Rodrigues Aragão – Engenheiro agrônomo e presidente do Sindicato dos Engenheiros, Arquitetos e Geólogos no Estado do Tocantins


Imprensa - SEESP
Artigo publicado no jornal Engenheiro, da FNE, nº 129/FEV/2013
Imagem: Jornal O Girassol 




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