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05/06/2013

Marinha aprova novo calado do Porto de Santos

A Capitania dos Portos de São Paulo homologou no dia 4 último a nova profundidade e largura do complexo portuário de Santos. O canal de navegação foi rebaixado para 14,90 metros e a largura ampliada para 220 metros. O calado operacional, contudo, será de 13,2 metros, em razão da margem de segurança. O porto continuará, assim, dependendo da maré alta para operar os super navios. A maré cheia - chamada de preamar - acrescenta um metro, permitindo o tráfego de navios com 14,20 metros de calado. Na prática o ganho frente ao até então praticado será de 90 centímetros.

Cada 10 centímetros de calado representa ganho de 70 Teus (unidades de contêineres de 20 pés) ou 3 mil toneladas de carga em navios graneleiros. O aprofundamento do canal do porto começou em 2010 e, desde então, sofreu reveses no processo que precede o pedido de homologação. Ainda neste ano o governo quer iniciar as ações preparatórias para avançar no aprofundamento e rebaixar o canal para até 17 metros.

A homologação, contudo, não deve trazer ganhos imediatos. A nova profundidade é válida apenas em dois trechos do canal. Os outros dois trechos (são quatro no total) ainda estão sendo dragados. Além disso, a maior parte dos 50 berços de atracação do porto tem profundidades menores que 14 metros. Eles terão de ser reforçados para, depois, serem aprofundados, compatibilizando as medidas de canal e berço e permitindo, assim, que as embarcações operem a plena carga. "A dragagem de berço é algo pontual e mais fácil do que a do canal. Temos de ter também uma agenda positiva", disse ao Valor o ministro dos Portos, Leônidas Cristino. O governo incluiu no Plano Nacional de Dragagem de manutenção dos berços. O programa prevê investimentos de R$ 3,8 bilhões nos acessos aquaviários dos portos por dez anos.

Hoje só há cinco berços de atracação com profundidade de projeto igual ou superior a 14,20 metros. Três deles são do Terminal Graneleiro de Guarujá (TGG) e do Tecon Santos. Ambos são, respectivamente, os maiores terminais de Santos na movimentação de grãos e de contêineres. Atualmente estão limitados e terão de ser dragados para recuperar a profundidade de projeto.

Segundo a Capitania, o navio-tipo autorizado a realizar manobras sem quaisquer restrições passou a ser de 306 metros de comprimento máximo, largura máxima de 46 metros e até 14,20 metros de calado. Antes, o modelo sem restrição era o de 300 metros de comprimento, 42 metros de largura e 13,30 metros de calado.
 

Fonte: Valor Econômico




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