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18/03/2014

Prefeituras e empresas preparam ato contra gestão da Sabesp

O Consórcio PCJ, que reúne representantes de 43 prefeituras e 30 empresas situadas ou atuantes na região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, anunciou a realização de um grande ato contra a gestão da água realizada pelo governo do PSDB no Estado de São Paulo. O protesto, batizado de "Ato da Cantareira", será no reservatório de Jacareí, em Piracaia (a 62 km da capital), "onde o leito da barragem já apresenta vegetação de médio porte", segundo o comunicado. A data será divulgada na sexta-feira (21/3), durante uma reunião da diretoria executiva do Consórcio.

sistema cantareira divulgacao nova

Os pontos de reivindicação do protesto são: o início de um novo programa de combate à perda d'água, a criação de um programa intermunicipal de preservação e recuperação dos mananciais, desassoreamento das calhas dos rios e dos reservatórios e revisão das outorgas de uso de água do Sistema Alto Tietê (a exemplo da revisão das regras para o Sistema Cantareira, atualmente em discussão). Um dos pontos centrais do protesto, o respeito à Curva de Aversão de Riscos para definir quanta água pode ser retirada dos reservatórios durante a estiagem, também já havia sido questionado pelo Ministério Público.

Na segunda-feira (17), o Sistema Cantareira alcançou o menor nível de sua história, com apenas 15% de sua capacidade disponível. Na semana anterior, o Consórcio assinou a Carta de Campinas, em que acusava o governo de Geraldo Alckmin de criar “a falsa impressão que a região metropolitana de São Paulo está totalmente protegida e que possui um sistema interligado, de vários reservatórios, que garante seu abastecimento em qualquer situação”. O Sistema abastece a capital e outras vizinhas (ultrapassando 8 milhões de usuários). 

O governo estadual havia acabado de anunciar a interligação emergencial entre os sistemas Cantareira e Alto Tietê para garantir reposição parcial de água aos reservatórios, mas as obras não serão suficientes para reverter o quadro atual de consumo e reposição de água: mesmo após as campanhas de redução de consumo da Sabesp, o ritmo de consumo das regiões metropolitanas de Campinas e São Paulo segue duas vezes maior do que a vazão de afluentes nos reservatórios.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), todas as providências para manter a normalidade do abastecimento de seus clientes na Grande São Paulo foram tomadas. Uma das medidas foi o incentivo financeiro à economia de água (com bonificação em conta). Além disso, desde meados de março, a empresa segue determinação dos órgãos reguladores do Sistema Cantareira – Agência Nacional de Águas (ANA) e Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) – de reduzir a retirada de água das represas de 31 mil litros por segundo para 27,9 mil L/s.

 

Imprensa - SEESP
Com informações do Barão de Itararé

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