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19/11/2014

Opinião - Os metalúrgicos e a industrialização

De todos os temas gerais a serem tratados pelo movimento sindical, a luta pela industrialização ocupa o primeiro lugar.

Nela estão envolvidas graves questões macroeconômicas como a queda dos juros, o aumento dos investimentos públicos e privados e a taxa de câmbio, mas também questões de microeconomia, como o aumento da produtividade de todos os fatores econômicos, a qualificação e a inovação.

O conjunto de forças que necessita de industrialização é formado por um tripé: trabalhadores, empresários e governo que precisam se articular em um pacto industrializante.

Mas, no próprio governo manifestam-se tendências díspares a este respeito, com alguns cabeças de planilha e burocratas a serviço do rentismo colocando entraves a uma estratégia desenvolvimentista.

Os empresários, contaminados também pelo rentismo e perturbados por uma ideologia reacionária e antitrabalhador percebem a grandeza da tarefa, mas relutam em assumi-la plenamente, contentando-se com a reivindicação de benesses pontuais que, além de pesarem desproporcionalmente na economia têm caráter limitado e se esgotam com muita facilidade.

Somente os trabalhadores podem se apresentar como bloco unido e coerente, desde que predomine uma estratégia de unidade de ação. Eles têm interesses comuns pelo emprego de qualidade, com qualificação e melhores salários e podem defender temas de forte implicação econômica e social como juros baixos, câmbio equilibrado para industrializar e investimentos públicos.

No conjunto do movimento sindical – que apoia a industrialização – é óbvio que os maiores interessados e os mais consequentes são os metalúrgicos, pela massa de trabalhadores, pela experiência acumulada e pela força das entidades. Assim, deve-se retomar a iniciativa de ações conjuntas das confederações, federações e sindicatos de metalúrgicos, de todas as centrais e independentes.

Uma sugestão que faço é a realização, ainda no primeiro semestre de 2015, de uma Conferência Nacional Metalúrgica Unitária pela Industrialização, tendo como eixo a luta pela industrialização e com os concomitantes temas relacionados.

 

* por João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical

 

 

 

 

 

 

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