O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, defendeu, recentemente em evento de logística em São Paulo, o fortalecimento dos modais ferroviário e hidroviário como meios de transporte de carga para desafogar as rodovias brasileiras. Em entrevista ao site do SEESP, o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), órgão ligado ao Ministério do Transporte, Jorge Ernesto Pinto Fraxe, informou que 67% das nossas cargas estão nas estradas e que apenas 11% são transportadas em hidrovias.
O ministro dos Transportes observa que a área de transportes é campeã na utilização de combustíveis fósseis e há razões econômicas e também do ponto de vista da eficiência energética para mudar esse quadro.
“É um equívoco imaginar que, ao investir nos transportes ferroviário e hidroviário, haveria um encolhimento dos prestadores de serviço rodoviário. Isso não acontecerá no Brasil, porque o transporte rodoviário tem sua esfera de atuação que é intransferível”, observou o ministro.
A situação está constatada em estudo dos engenheiros Darc Costa e Raphael Padula para o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, em 2009. Eles alertam que a ferrovia e a hidrovia, que consomem combustíveis mais baratos e abundantes e são ambientalmente muito mais limpas, deveriam prevalecer, respondendo cada por 40% do transporte de cargas no País.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP
* Com informações da Agência Brasil
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