Acadêmicos em todo o País estão trocando sua imagem da Plataforma Lattes, que disponibiliza os currículos profissionais de cientistas e pesquisadores, para protestar contra a fusão dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e das Comunicações. Ao invés da foto, estão colocando a hashtag FicaMCTI.
Imagem: divulgação redes sociais
No Rio, manifestação do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense (UFF) na terça (7) pelo #VoltaMCTI
Entre os adeptos da campanha estão o matemático Artur Ávila, ganhador da medalha Fields 2014; Sergio Rezende, ex-ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula; Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação no governo dilma Rousseff; e o físico Paulo Artaxo, do Painel Internacional de Mudanças climáticas (da ONU).
Também foi criado um site para a mobilização, onde é possível enviar email aos senadores para pressioná-los a não aprovarem a fusão. Na próxima semana, alguns membros da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado debaterão o assunto com o ministro Gilberto Kassab. "Vamos aproveitar essa ocasião para pressionar os senadores e sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de um MCTI ativo e independente. A ideia é que a comunidade científica expresse sua posição trocando as fotos de seus currículos Lattes pela imagem ao lado dizendo #FicaMCTI", diz a home da página http://ficamcti.redelivre.org.br/ .
A ação é uma iniciativa da Associação de Docentes da Universidade Federal do Rio De Janeiro (Adufrj). Lançada na segunda-feira (6/6), até ontem (7) o site já tinha registrado o envio de mais de 350 e-mails para os parlamentares da comissão.
“A mudança da foto teve um impacto muito legal com representatividade em todo o Brasil, principalmente pela participação de pesquisadores como o ex-ministro Sérgio Rezende, Artur Ávila, Paulo Artaxo, Vanderlan Bolzani e o antropólogo Otávio Velho. São pessoas de referência. Muita gente está aderindo e manifestando a inconformidade com essa extinção sem qualquer discussão”, avaliou o vice-presidente da SBPC, Ildeu Moreira, professor do Instituto de Física da UFRJ, e um dos líderes do movimento.
Com a hashtag #FicaMCTI, o protesto está no Twitter, Facebook, blogs, o que obrigou a imprensa tradicional a repercutir a notícia. Os principais jornais do país noticiaram o tema. Na manhã de terça-feira, 7, professores da UFRGS deram um abraço simbólico na universidade pela volta do Ministério. Outras agendas, como a mesa-redonda no Instituto Politécnico da Uerj nesta quarta-feira (8), chamam atenção para o tema.
Imprensa SEESP
Com informações do site Adufrj