O presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, Newton Guenaga Filho, informa que a direção da Usiminas, em Cubatão (SP), convocou os sindicatos dos engenheiros e dos metalúrgicos da região, que representam os seus empregados, para uma reunião emergencial na última terça-feira (14/06). Segundo Guenaga, a siderúrgica apresentou uma série de números e dados para mostrar que a unidade paulista – a matriz fica em Ipatinga (MG) – terá de reduzir a produção de laminados a quente e a frio.
Segundo informações da empresa, após o fechamento das áreas primárias, a partir do último semestre de 2015 até fevereiro último, a usina ficou estruturada para atender uma demanda de cerca de 180 mil toneladas/mês de laminados a quente e 100 mil toneladas/mês de laminados a frio. A direção da siderúrgica argumenta que o mercado do aço piorou e a previsão inicial não se concretizou, o que estaria levando a Usiminas a diminuir ainda mais a produção.
Com essa redução, a empresa informou que vai demitir mais 500 trabalhadores, o que já começou a fazer nesta quarta-feira (15). “Vivemos um grave problema sem dúvida nenhuma”, lamentou Guenaga. Na oportunidade, o representante dos engenheiros reivindicou que fossem oferecidos os mesmos benefícios dados aos empregados demitidos entre janeiro e fevereiro último, por conta do fechamento da produção primária da Usiminas, que é a do aço.
Não está programada nova reunião entre as partes. Guenaga informa que está acompanhando todas as dispensas que envolvem os engenheiros no sentido de dar toda a assistência e garantir o maior número de benefícios possíveis. “É muito triste tudo isso, vermos uma empresa do porte da Usiminas – a antiga Cosipa [Companhia Siderúrgica Paulista], privatizada em 1993 – praticamente acabar no Estado de São Paulo”, salientou.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP