Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) voltam a se reunir nesta terça (28/06), às 15h, com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O encontro, no Palácio do Planalto, retoma as negociações sobre a reforma da Previdência Social. O debate ocorrerá em torno das propostas apresentadas pelo movimento sindical para recuperar a saúde financeira da previdência brasileira.
Os sindicalistas devem cobrar do governo uma posição clara quanto à participação do agronegócio no financiamento da Previdência. Na semana passada, informações conflitantes lançaram dúvidas sobre o tema: nota publicada no jornal O Estado de S. Paulo, revelando a intenção do governo de cobrar INSS de empresas exportadoras do agronegócio, foi saudada por sindicalistas; em seguida, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, rejeitou a proposta.
A taxação do agronegócio faz parte das medidas defendidas pelas centrais, visando promover o equilíbrio do caixa da Previdência, ao lado da regulamentação dos bingos.
Juvenal Pedro Cim, secretário de finanças da CSB, disse à Agência Sindical que a fala do ministro é inoportuna. “Hoje, a Previdência Social é mantida por 98% de contribuições do setor urbano e somente 2% do setor rural, mas todos os trabalhadores merecem se aposentar”, argumenta.
O primeiro secretário da Força, Sérgio Luiz Leite (Serginho), afirma que as centrais vão reafirmar a proposta de taxar o agronegócio na reunião desta terça-feira. “É uma benevolência dada ao agronegócio colaborar com 2,6% para a Previdência, enquanto a indústria arca com 20%, no mínimo. Quando o ministro diz que não aceita a proposta, ele está dizendo que se nega a colaborar com a aposentadoria do trabalhador do campo”, diz.
Fonte: Agência Sindical