Em entrevista ao JE na TV, a psicóloga organizacional, coaching e orientadora profissional do SEESP, Mariles Carvalho, falou sobre empregabilidade e como retornar ao mercado de trabalho. “A demissão pode ser também um momento de repensar a carreira, se está no caminho certo”, diz ela, à frente da área de Oportunidades e Desenvolvimento do sindicato, que há 20 anos auxilia engenheiros de todo o Estado.
Para a coordenadora, a última coisa que se deve fazer é “panfletar” currículos. “O primeiro passo é saber o que você realmente quer. O currículo é como um cartão de visitas, se você recebe um malfeito, não vai guardá-lo”, orienta, e completa que número de páginas não passa impressão de experiência. “Cursos muito antigos não são interessantes, por isso é importante manter um currículo atualizado mesmo trabalhando e ser objetivo.”
Repensar se a área em que estava é a que se quer trabalhar e as possibilidades de inovação dentro dela também são pontos importantes que a psicóloga ressalta para se conseguir um novo emprego. Para isso, o setor disponibiliza atendimento de coaching. “Com essa técnica, avaliamos nível de satisfação profissional, valores, habilidades e fazemos a pessoa pensar em sua carreira e em seus propósitos”, explica.
Segundo Carvalho, a indicação ainda é a melhor forma de se conseguir um emprego. Mas o chamado networking é feito de forma errada. “É algo que se constrói durante toda a carreira, e não apenas para conseguir uma vaga. É uma troca, um bom relacionamento profissional que começa com os mais próximos”, afirma.
Outro ponto destacado por ela é estar aberto a novos desafios, tanto para buscar um novo emprego como para manter-se. “O ousar que eu vejo é pensar em fazer seu trabalho de maneira diferente, mostrar-se de uma forma distinta, buscar outras possibilidades dentro da carreira e na própria empresa. Estamos neste momento.”
O JE na TV tem edição toda semana e é exibido em mais de 50 cidades. Confira esta entrevista e muitas outras.
Jéssica Silva
Texto publicado, originalmente, no Jornal do Engenheiro, do SEESP, Edição 493/Agosto de 2016