A partir do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, criado pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) há dez anos e cuja edição deste ano tratou das cidades, a Delegacia Sindical do SEESP de Bauru elaborou um trabalho específico com sugestões técnicas e democráticas para a cidade. O presidente da regional, Luiz Roberto Pagani, disse que os seus candidatos à Prefeitura local foram contatados para receberem a propositura.
Num esforço que contou com o estudo de profissionais da engenharia, a Delegacia apresentou propostas viáveis para diversas áreas que constituem a vida urbana. Por isso, estão no documento proposições para a questão habitacional, regularização fundiária, planejamento e legislação urbanística, saneamento, tratamento de resíduos sólidos e aterro sanitário, drenagem urbana, iluminação pública, mobilidade, trânsito, transporte coletivo, regularização de imóveis e ocupação de vazios urbanos e, por fim, ações e desenvolvimento regional.
O trabalho aponta que a cidade de Bauru tem uma situação dramática com relação a questões “que foram mal conduzidas e que viraram pendências estruturais permanentes”. Nessa situação, exemplificam os diretores da Delegacia, está a situação da Cooperativa Metropolitana Habitacional (Cohab) local, enfrentando dívidas e ações judiciais de antigas construtoras.
Foto: Divulgação Delegacia Sindical de Bauru
Entre os candidatos que atenderam ao chamado da Delegacia está
Clodoaldo Gazzetta (PSD) que está no segundo turno.
O documento avalia que a incapacidade de se dar soluções aos problemas locais fica patente com “o final da vida útil do aterro sanitário dos resíduos sólidos urbanos que está sendo constantemente postergado, porque não se obteve o licenciamento ambiental de um novo aterro e, como consequência absolutamente previsível, teve-se de passar a usar do aterro sanitário privado de Piratininga e com isso aumentando as despesas de deslocamento e transporte”.
Raul Gonçalves (PV), que também está no segundo turno, esteve na sede da
Delegacia e recebeu as propostas.
Outro problema constatado é com relação à estação de tratamento de esgoto, que está com atraso no cronograma de obras. “É uma conquista ambiental expressiva, mas que corre o risco de se transformar em novo ´esqueleto´, que depende de eventuais decisões equivocadas dos gestores públicos ou deficiências da empreiteira.” Na mesma linha, o documento da Delegacia de Bauru afirma que não “há como se insurgir contra o aumento crescente da perda de água tratada do DAE [Departamento de Água e Esgoto] que atinge o índice de 48,7% quando a média nacional é de 37%”.
Por isso, a Delegacia defende uma nova postura do novo governo municipal para fazer o devido e correto enfrentamento das pendências estruturais, com visão técnica arrojada e criativa para equacionar e solucionar os entraves. E defende: ”Torna-se necessário o aprofundamento do debate e a busca de profissionais especializados e qualificados com experiência para a gestão de empresas do município, para enfrentamento de graves questões que estão a inviabilizar o desenvolvimento da cidade.”
* Confira aqui o documento da Delegacia Sindical de Bauru
Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP