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31/10/2016

13º salário deve injetar R$ 196,7 bilhões na economia em 2016

Até dezembro de 2016, estima-se que deverão ser injetados na economia brasileira aproximadamente de R$ 197 bilhões, em decorrência do pagamento do 13º salário. Este montante representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e; para aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios. Cerca de 84 milhões de brasileiros serão beneficiados com um rendimento adicional, em média, de R$ 2.192. Estas são as estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Para o cálculo, o Departamento leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho. Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e informações da Previdência Social e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN).

No caso da Rais, o Dieese considerou todos os assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, nos setores público (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2015, acrescido do saldo do Caged do ano de 2016 (até agosto). Da Pnad, foi utilizado o contingente estimado de empregados domésticos com registro em carteira. Foram considerados ainda os beneficiários – aposentados e pensionistas – que, em agosto de 2016, recebiam proventos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) - e os aposentados e pensionistas pelo regime
próprio da União e dos Estados e municípios. Para estes dois últimos, entretanto, não se obteve o número de beneficiários. Para os assalariados, o rendimento foi atualizado pela variação média do INPC no período janeiro-agosto de 2016 sobre igual período de 2015.

Para efeito do cálculo, o Dieese não leva em conta os autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho, que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores envolvidos nesses abonos, uma vez que esses dados são de difícil mensuração.

Além disso, não há distinção dos casos de categorias que recebem ao menos parte do 13º antecipadamente, por definição, por exemplo, de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Da mesma forma, o valor recebido pelos beneficiários do INSS é considerado pelo montante total, independentemente de a primeira parcela já ter sido paga antes de dezembro. Assim, os dados apresentados constituem uma projeção do volume total do 13º salário que entra na economia ao longo do ano, e não necessariamente nos dois últimos meses de 2016.
Entretanto, é certo que a maior parte do valor referente ao 13º seja paga no final do ano.

Dos cerca de 84 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados pelo pagamento do 13º salário, aproximadamente 33,6 milhões, ou 39,9% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social (INSS). Os empregados formais (49,5 milhões de pessoas) correspondem a 58,9% do total. Entre esses, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada somam 2 milhões, equivalendo a 2,5% do conjunto de beneficiários do abono natalino. Além desses, aproximadamente 982 mil pessoas (ou 1,2% do total) referem-se aos aposentados e beneficiários de pensão da
União (Regime Próprio). Há ainda um conjunto de pessoas, constituído por aposentados e pensionistas dos estados e municípios (Regime Próprio), que vai receber o 13º e que não pode ser quantificado.

 

* Para ler a Nota Técnica do Dieese clique aqui

 

 

 

 

 

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