Será lançada no Congresso Nacional no próximo dia 22 de novembro, às 10h30, na Câmara Federal Anexo 2 – plenário 2, a Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional destinada a buscar uma pauta positiva rumo à retomada do crescimento do País. A iniciativa é do deputado federal Ronaldo Lessa (PDT/AL), também engenheiro, e conta com o apoio e a participação da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e do SEESP.
O ato ocorre em meio a uma conjuntura marcada por dois anos de recessão, desemprego elevado, paralisação de obras e indefinição nos investimentos públicos. A mobilização de uma bancada suprapartidária no Legislativo federal em torno de matérias relacionadas à engenharia e à infraestrutura visa colocar em evidência os desafios que o Brasil enfrenta para voltar a crescer.
O apoio da FNE foi assegurado com a disposição de participar na elaboração de propostas de interesse da categoria e do País. Nesse sentido, o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela federação, será importante contribuição, assim como o movimento “Engenharia Unida”, chamado também pela fedeeração e que já engloba diversas organizações, será outro ponto de apoio às ações da Frente. “Saudamos a iniciativa e vamos atuar ao seu lado para que tenha bons resultados. É um passo importante para avançarmos em nossa luta pela valorização da categoria, a defesa de seus direitos e o desenvolvimento nacional”, frisou Murilo Pinheiro, presidente da FNE.
Segundo Pinheiro, as dificuldades atuais “exigem uma coesão poderosa de forças da área tecnológica para ajudar a empurrar o País na direção correta e inserir as nossas profissões devidamente no debate público”. E continua: “Trata-se, portanto, de unir os profissionais e as entidades que os representam, as empresas e escolas de engenharia em torno dessa bandeira. A Frente fortalece esse movimento. Juntos, tenho certeza que superaremos os desafios do momento. Podemos e devemos dar essa contribuição à sociedade brasileira.”
Com o apoio do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), está sendo feito levantamento dos projetos de lei em tramitação no Legislativo, que devem ser objeto dessa Frente. Entre eles, necessariamente estará o que institui a carreira de Estado para engenheiros, arquitetos e agrônomos que ocupam cargo efetivo nos serviços públicos federal, estadual e municipal. “Na medida em que você sedimenta, discute e propõe, facilita o debate e dá força para levar a Plenário. Mas é preciso um arcabouço de apoio político externo para fazer as coisas andarem. A Frente pode ser o amálgama disso, a argamassa desse processo”, enfatiza Lessa.
Amplo leque
Lessa salienta outras demandas que poderiam ser alavancadas a partir dessa coalizão. Por exemplo, a questão da explosão das cidades sem planejamento adequado e financiamento. Outra necessidade apontada pelo parlamentar que deve ser objeto da Frente é de ampliação e construção de ferrovias e portos, que terão como consequência a geração de empregos para engenheiros, além da valorização profissional. “Todo o conjunto da área técnica pode ser melhor aplicado. Não há uma cultura para que a gente possa investir mais nessa área. Queremos contribuir inclusive com as escolas, com as universidades, mostrando o papel da engenharia ao desenvolvimento, com visão não tecnicista, fria. Queremos apresentá-la também no sentido ético, da valorização do ser humano, como sendo sua essência transformar o meio ambiente sem danificá-lo.”
O leque é amplo, como aponta o diretor de documentação do Diap, Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho. Para além das pautas já citadas, na sua visão, todas as questões atinentes à ciência e tecnologia, bem como a conteúdo nacional e debates relativos a investimento público cabem nesse espaço.
Soluções
O lançamento da Frente Parlamentar Mista de Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento tem, sobretudo, a finalidade de buscar soluções práticas, considerando as atribuições do Parlamento, para os gargalos que o país enfrenta, de forma a acelerar a adoção de medidas que possam garantir a retomada de um ciclo de expansão econômica que viabilize empregos, renda e melhoria da infraestrutura.
Comunicação SEESP