Sindicalistas ligados à CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB, CSB, CGTB, CSP-Conlutas e Intersindical lotaram, nesta terça-feira (7/02), o auditório do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, na região central, no primeiro dia do seminário "Reforma da Previdência - Desafios e ação sindical". Além dos dirigentes das Centrais, o evento organizado pelo Dieese reúne especialistas para debater as reformas pretendidas pelo governo nas aposentadorias e pensões.
A ideia é que o seminário sirva de preparação dos dirigentes. Os sindicalistas querem afinar o discurso, antes da grande manifestação no Congresso Nacional, marcada para 22 de fevereiro, quando farão um forte corpo a corpo visitando gabinetes de deputados e senadores.
Em dois dias de debates, temas relativos ao financiamento da Seguridade Social e Previdência, impactos das mudanças na vida do trabalhador e as experiências de reformas previdenciárias ocorridas na América Latina, entre outros, estão sendo detalhados. A meta é explicitar o caráter nocivo da reforma neoliberal de Temer, a fim de orientar as ações de resistência.
O presidente da UGT, Ricardo Patah, disse à Agência Sindical que a classe trabalhadora passa por um momento delicado e um evento como esse é de extrema importância para a união em torno de um tema que afeta a vida de todos. "A unidade das Centrais num debate técnico, mas com ações políticas, pode resgatar aquilo que é de mais importante e essencial para os trabalhadores. O essencial é impedir o desmonte da Previdência e tirar as injustiças que perduram. A ação política dessa unidade pode impedir outras reformas, que também trazem prejuízos aos trabalhadores, como a trabalhista."
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), diz que o propósito do seminário é aprimorar o debate sobre a Previdência Social no País. Além disso, aponta que é preciso traçar propostas viáveis para debater o tema no Congresso Nacional. "O debate só com o Congresso não basta. É preciso mobilizar e nós estamos traçando uma estratégia para o dia 22 de fevereiro. Vamos ao Congresso conversar com os presidentes da Câmara, do Senado e com líderes partidários. Vamos encaminhar uma proposta de mobilização nacional para a segunda quinzena de março", disse Juruna.
Alvaro Egea, secretário-geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), destaca que o encontro visa ainda “oferecer mais conhecimento e dados aos sindicalistas, pra que o dirigente possa tratar do tema com a base”. Para o presidente do Sindicato dos Padeiros, Chiquinho Pereira, os dirigentes que vieram do Brasil inteiro têm a responsabilidade de discutir alternativas para a proposta do governo. "Não é só a reforma previdenciária que está em jogo. É a reforma trabalhista, a reforma sindical, são várias reformas que estão em curso. O movimento sindical não pode perder a capacidade de trabalhar junto, de se unir", ressalta Chiquinho.
O Seminário "Reforma da Previdência - Desafios e ação sindical" prossegue nesta quarta (8). Os debates podem ser acompanhados ao vivo. Acesse:http://migre.me/w0IeE
Comunicação SEESP
Informação do boletim Agência Sindical