Para o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, a suspensão do calendário das reformas trabalhista e da Previdência abre espaço para novos debates com os trabalhadores e movimentos sindicais, para que os parlamentares alterem pontos do projeto quando retomarem os trabalhos de análise e votação.
Nesta quinta-feira (18/5), os relatores Arthur Maia (PPS-BA), da reforma da Previdência, e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), da reforma trabalhista, anunciaram que a tramitação das propostas está paralisada, após a crise política instalada em Brasília, em meio às denúncias envolvendo o presidente, Michel Temer.
Segundo Ganz Lúcio, as centrais sindicais tentarão apresentar suas propostas para as reformas. "Na trabalhista, elas querem que o projeto seja retirado, para que aconteça um debate com trabalhadores, empregadores e Justiça do Trabalho. Assim, a reforma pode ser um conjunto de mudanças, que fortaleça todas as partes."
Quanto à Previdência, o diretor técnico do Dieese diz que o movimento sindical quer discutir o financiamento e as mudanças na gestão, como a revisão nas isenções para evitar as evasões e a inadimplência.
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Reprodução de notícia da Rede Brasil Atual