A instabilidade econômica afetou em cheio o bolso dos executivos. É o que revela recente levantamento realizado pela Michael Page, empresa de recrutamento especializado de profissionais de média e alta gerência, que faz parte do PageGroup. De acordo com o Estudo de Remuneração 2017 da companhia, oito em cada dez cargos analisados apresentaram remuneração estável ou em queda em relação ao mesmo estudo feito em 2015.
"O cenário para o executivo de média e alta gerência é um pouco diferente daquele verificado há dois anos, quando os funcionários ainda conseguiam negociar melhores ganhos. Com a crise, as empresas foram afetadas e muita gente acabou perdendo emprego. Para se recolocar, estão tendo que negociar mais e, em muitos casos, com salários 10 a 20% inferiores à última ocupação. Quem ficou, não está conseguindo ter ganhos reais", revela Ricardo Basaglia, diretor executivo da Michael Page.
13 de 15 setores estão com remunerações estáveis ou em queda
De acordo com o trabalho, a maioria dos setores pesquisados apresentaram mais cargos com manutenção ou perda da média salarial quando comparado com o levantamento anterior. Também foi feita a análise dos cargos por setor para entender o percentual de profissões atingidas pela remuneração estável ou a queda: Supply, Engenharia, Petróleo e Gás, Propriedade e Construção - 100%; Vendas, TI - 97%; Saúde - 92%; Marketing - 82%; Jurídico - 78%; Varejo - 73%; Seguros - 75%; RH - 64%; e Financeiro - 57%.
Engenharia e manufaturas
A área de engenharia é técnica e vem passando por diversas e importantes transformações. O mercado atual continua com uma carência de engenheiros especializados e com uma formação sólida para preencher posições no mercado de trabalho.
Os profissionais, em melhoria contínua, que são sempre desafiados a otimizar processos e trazer retornos, acabam ganhando destaque no cenário de crise brasileira. Com isso, notamos que profissionais com conhecimento técnico, especialização e certificações acabam levando vantagem na hora de arrumar um emprego no mercado atual.
"Ainda assim, com a formação analítica e ágil na linha de raciocínio, os engenheiros são requisitados para atender a posições relativas a vendas e planejamento estratégico, áreas que continuarão em alta para o ano que vem", diz Ricardo Basaglia.
Nessa área não foi registrado nenhum aumento na média salarial. Dos cargos que apresentaram queda, destaque para gerente de qualidade com atuação no setor químico e petroquímico em empresa de grande porte. Os vencimentos médios desse profissional recuaram 9%, saindo de R$ 17,5 mil em 2015 para R$ 16 mil neste ano.
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Reprodução de informação da assessoria de imprensa da Michael Page