Da Agência Sindical*
Até poucos anos atrás, não faltava emprego para engenheiros. Isso mudou. A crise política e a recessão paralisaram o País, reduziram drasticamente as oportunidades de trabalho e rebaixaram a situação salarial dos profissionais.
Esse foi um dos eixos do encontro nacional de jovens engenheiros, que reuniu núcleos de 13 Estados, dia 9 de agosto último, em Belém, no Pará. O evento fez parte de programação da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE).
A Agência Sindical entrevistou Marcellie Dessimoni, engenheira ambiental e sanitarista, que atua no núcleo de jovens engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP) e ocupa a coordenação nacional na federação.
Foto: Lucas Queiroz/FNE
Marcellie Dessimoni em encontro naa capital paraense.
Coordenações
Começamos em 2015 com dois Estados, já temos coordenadorias em 13, podendo chegar a 18. Reunimos jovens recém-formados e também estudantes.
Trabalho
A grande preocupação hoje é com emprego. A crise leva o jovem engenheiro a disputar mercado com profissional com 20 anos ou mais de experiência. O problema é que esse profissional mais experiente se vê obrigado a rebaixar seu nível salarial.
Direitos
Além das prerrogativas pela lei que regula nossa profissão, temos as conquistas das convenções coletivas. Isso hoje está ameaçado pelas reformas já aprovadas, como a trabalhista. O jovem engenheiro também se mobiliza para garantir esses direitos e conquistas.
Sindicalização
Por orientação da FNE e em conjunto com os sindicatos filiados, tem crescido a sindicalização dos jovens. Mas não se trata apenas de ficar sócio da entidade. O jovem engenheiro quer participar, influir e atuar concretamente, inclusive no âmbito do projeto Cresce Brasil, entendido como um espaço para o debate e encaminhamento de propostas.
Inovação
A inovação tecnológica é inerente à nossa atividade. Entendemos que ela também pode ser levada para o âmbito da ação sindical, somando-se à experiência das atuais direções.
Deformas
O encontro de Belém também ajudou a mostrar os impactos negativos das reformas para o País, os trabalhadores em geral, incluindo os engenheiros. Daí, o crescente entendimento que é preciso haver participação e mobilização.
Contatos
Segundo Marcellie, a comunicação entre as coordenações nos Estados é permanente, por meio de um grupo específico no WhatsApp. “Buscamos um ambiente de diálogo e debates, mas sem disputa”, ela observa. Para contatos gerais, utiliza-se o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
* Essas e outras notícias estão no site da Agência Sindical