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19/12/2017

Argentinos mobilizados por seus direitos

Da Agência Sindical

O povo argentino segue com os protestos iniciados semana passada contra a reforma previdenciária do presidente Mauricio Macri (do Cambiemos). Nesta segunda-feira (18/12), paralisação convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores da Argentina (CGT) suspendeu vários serviços básicos, como o transporte público em Buenos Aires, além de interromper diversas vias de acesso à capital federal. A paralisação também afetou os aeroportos.


Foto: Reprodução da Agência Sindical
Argentinos ruas 2Milhares de argentinos protestam contra reforma neoliberal de Macri.

Na quinta (14), manifestantes ocuparam ruas e avenidas de Buenos Aires, mesmo sob forte aparato repressivo do governo. As Centrais CGT e CTA comandaram as manifestações, denunciando que a reforma prejudica 17 milhões de pessoas, com grave arrocho nos vencimentos.

CSI avalia
A Agência Sindical ouviu João Felício, presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI). “Parabenizo o povo argentino, o movimento sindical e todos os que foram às ruas. Nutro enorme admiração por eles. Deram verdadeira mostra de unidade e rebeldia profundamente radical em uma manifestação muito organizada. O governo não esperava”, afirma.

O sindicalista traça um paralelo entre o que acontece na Argentina e no Brasil. Ele observa: “Nós temos um governo ilegítimo, que chegou ao poder por um golpe. Já os argentinos elegeram um governo mentiroso, que enganou a população. Eles estão vendo agora a quem o Macri serve”.

"O povo brasileiro e o sindicalismo precisam se espelhar na organização e mobilização que ocorre por lá. Precisamos aprender com os hermanos. Temos até fevereiro pra isso”, ressalta.

CSA
Para Ivan Gonzales, coordenador político da Confederação Sindical das Américas, a ação das Centrais argentinas, articulada com deputados da oposição e a população, foi um dos fatores para o êxito do movimento. "Macri tem postura autoritária. Centrais e parlamentares, que antes pregavam o diálogo com governo, hoje não querem mais conversar, por conta dessa postura", disse à Agência.

 

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