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22/03/2019

Saúde, segurança alimentar e desenvolvimento sinergético encerram encontro

 

Soraya Misleh / Fotos: Beatriz Arruda

 

Plenária sobre gestão pública e privada fechou o IX Encontro Ambiental de São Paulo (EcoSP), na tarde desta sexta-feira (22). Coordenada pelo diretor do SEESP Renato Becker, contou com duas palestras: “A implantação de alimentos orgânicos na merenda escolar do município de São Paulo”, por Ana Flávia Borges Badue, do Instituto Kairós; e “O desenvolvimento sinergético resgatará o Brasil”, por Paulo da Fonseca Alves Pereira, da Kev Line Administração Empresarial. O evento teve início na manhã do dia 21 de março, no auditório do sindicato, na capital paulista.

Arquiteta, urbanista e mestre em Saúde Pública, Badue discorreu sobre a conquista para a sociedade civil que representa a Lei 16.140/2015 (Lei dos Orgânicos), que dispõe sobre a inclusão de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar no âmbito do sistema municipal de São Paulo. “É uma política pública extremamente revolucionária. Garante 2,2 milhões de refeições por dia, 100% alimentação orgânica, com aquisição prioritária de agricultores familiares, pequenos e médios produtores”, destacou. A legislação paulistana, frisou, tem inspirado essa iniciativa em outros locais, como Porto Alegre, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro. “Em 3 de janeiro o novo governador sancionou lei afim em Goiás”, informou Badue.

 

Ana Flávia Badue fala sobre alimentação orgânica.

 

Segundo ela, a busca agora é transformar essa política em programa estratégico, que transforme a economia convencional em circular – ao encontro dos objetivos de desenvolvimento sustentável. Esta última, como detalhou, “tem como essência a agroecologia, amplia modelos de negócios regenerativos, aumenta a diversidade biológica”. Já o modelo atual, insustentável conforme a palestrante, não se preocupa com perdas, desperdícios alimentares e resíduos. O resultado é “sindemia global, ou seja, obesidade mais desnutrição mais mudanças climáticas”.

Badue citou estudo que aponta ganho de R$ 500 milhões ao ano com o fim do desperdício alimentar somente em São Paulo. “A adoção de boas práticas na agricultura evitaria 342 mil toneladas de emissão de gases de efeito estufa e garantiria economia de 46 milhões de metros cúbicos de água doce por ano. A Lei dos Orgânicos responde a isso. É preciso implementação em massa para conter a sindemia, ao que é necessário avançar em tecnologia e inovação. Os engenheiros podem ajudar”, concluiu ela.

 

Paulo da Fonseca Alves Pereira: desenvolvimento sinergético para resgatar o Brasil.

 

Já Alves Pereira apresentou o desenvolvimento sinergético, baseado em modelo energético e não financeiro, como a saída para o Brasil. Um modelo em que as diversas fontes se integrem e cumpram seu papel, no qual cada cidadão terá capacidade de gerar energia na sua própria casa.

 

Confira as palestras:

 

 

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