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23/03/2021

Presidente dos Economistas aponta arrocho no Emergencial e baixo impacto no consumo

Agência Sindical


Após 90 dias sem um tostão do governo, milhões de pobres voltarão a receber Auxílio Emergencial, em abril. Não mais os R$ 600,00 de antes. Agora, as faixas são de R$ 150,00, R$ 250,00 e até R$ 375,00.

 

Valores, abrangência e critérios foram anunciados na quinta (18/3) pelo Presidente Jair Bolsonaro. Ele não ouviu as centrais sindicais, que pleiteiam R$ 600,00 enquanto durar a pandemia.

 

desemprego ibgeMais de 13 milhões de brasileiros estão desempregados / Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

 

A Agência Sindical entrevistou Pedro Afonso Gomes, economista e presidente do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo (Sindecon-SP).

 

Confira os principais trechos:


pedro afonso ag sindicalArrocho - “A redução dos valores é forte. Esse arrocho vai impactar negativamente as famílias pobres. O consumo não será aquecido como se esperava e precisa”.

 

Público - “A regra atual exclui 22 milhões de brasileiros. Serão abrangidas, parcialmente, pessoas que receberam o Auxílio anterior. Não há novos cadastros”.

 

Teto - “No plano familiar, há teto de R$ 3,3 mil na renda. Pra receber - qualquer nova faixa - os beneficiários não podem ter renda mensal acima de R$ 550,00 por pessoa”.

 

Futuro - “O benefício não liga ao futuro. Não há cursos de qualificação. Ocorre que a economia está mudando e seria preciso prepararmos os profissionais para o mercado”.

 

Cadeias - “Com os R$ 600,00 de antes, dava pra comprar mais que comida. Agora, esse pouco irá pra alimentação, a um só segmento da economia. A pessoa não comprará comida e remédio. Ou um ou outro”.

Emprego - “Sem incremento do consumo, setores importantes ficarão fragilizados. Não haverá oferta de emprego. As pessoas terão que se virar, sair de casa pra buscar sustento, e isso em meio a uma pandemia dessa gravidade”.

Erro - “O novo Emergencial renderá poucos tributos ao Estado. Mas o Brasil precisa de tributação indutora do desenvolvimento e não só pra manter a máquina pública e pagar juros”.



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