João Guilherme Vargas Netto*
Suponha que pudéssemos amalgamar os melhores exemplos em um quadro único. A persistência das centrais sindicais em reivindicarem unitariamente a via com os 600 reais do auxílio emergencial pagos a todos os necessitados enquanto durar a pandemia; o lockdown de Araraquara e a vacinação de Serrana; os auxílios emergenciais complementares de São Paulo, do Paraná, do Maranhão e de muitas cidades; o consórcio de imprensa que atualiza diariamente os trágicos números da pandemia; a solidariedade dos sindicatos chineses que doaram 300 mil dólares em artigos essenciais para o combate à doença; a abnegação heroica dos profissionais da saúde e da vacinação – resultariam em um enfrentamento efetivo do quadro catastrófico.
O povo brasileiro esperaria este milagre e devemos trabalhar incansavelmente para que todas as pessoas responsáveis convençam-se de que isto é necessário e possível.
Como hoje em dia é urgente e necessário que o Congresso Nacional discuta e vote a MP 1.039 elevando o auxílio emergencial merreca que está sendo pago e legisle sobre a ajuda às micro e pequenas empresas abandonadas à sorte darwinista do mercado.
Os auxílios emergenciais fazem parte hoje do arsenal de medidas sanitárias e nada justifica o interdito proibitório vigente sobre o assunto. O desprezo é tão grave que nem mesmo a menção à MP 1.039 se imprime na mídia grande e não comparece nas cogitações e propostas da esmagadora maioria dos sanitaristas, dos formadores de opinião e dos políticos.
O movimento sindical que está preparando a comemoração virtual, nacional e unitária do 1º de Maio deveria em sua realização apresentar – como exemplo e como estímulo – um rol de medidas efetivas pela vida a serem amalgamadas com êxito e aplicadas com persistência.
*Consultor sindical