Agência IBGE
Com a redução de 0,7% na indústria nacional, de janeiro para fevereiro de 2021, na série com ajuste sazonal, dez dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram taxas negativas. As quedas mais acentuadas ocorreram no Ceará (-7,7%), Pará (-7,4%) e Bahia (-5,8%), enquanto os maiores avanços foram no Mato Grosso (7,3%) e Espírito Santo (4,6%). Em relação à média móvel trimestral, nove dos quinze locais pesquisados apontaram taxas positivas no trimestre terminado em fevereiro, com destaque para Mato Grosso (3,3%), Rio de Janeiro (1,7%), Minas Gerais (1,0%) e Santa Catarina (0,7%).
Já no acumulado em 12 meses, oito dos 15 locais pesquisados assinalaram taxas positivas em fevereiro de 2021.
Na série com ajuste sazonal, dez dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas. Ceará (-7,7%), Pará (-7,4%) e Bahia (-5,8%) assinalaram as quedas mais acentuadas, com o primeiro intensificando o recuo de 1,6% registrado no mês anterior; o segundo eliminando parte do avanço de 9,1% acumulado em dezembro de 2020 e janeiro de 2021; e o último marcando a terceira taxa negativa consecutiva e acumulando nesse período perda de 14,9%. Região Nordeste (-2,6%), Paraná (-2,5%), Santa Catarina (-1,5%), São Paulo (-1,3%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Pernambuco (-1,1%) e Amazonas (-0,9%) completaram o conjunto de locais com queda na produção em fevereiro de 2021.
Por outro lado, Mato Grosso (7,3%) e Espírito Santo (4,6%) apontaram os maiores avanços no mês, com ambos voltando a crescer após recuarem em janeiro último: -1,3% e -10,1%, respectivamente. Goiás (2,0%), Rio de Janeiro (1,9%) e Minas Gerais (0,5%) assinalaram os demais resultados positivos nesse mês.
A média móvel trimestral para a indústria subiu 0,2% no trimestre encerrado em fevereiro de 2021 frente ao nível do mês anterior, após as altas de janeiro de 2021 (0,7%), dezembro (0,9%), novembro (1,6%), outubro (2,4%), setembro (4,8%), agosto (7,0%) e julho (9,0%) de 2020, quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em novembro de 2019.
Houve taxas positivas em nove dos 15 locais pesquisados. Os maiores avanços foram em Mato Grosso (3,3%), Rio de Janeiro (1,7%), Minas Gerais (1,0%) e Santa Catarina (0,7%). Já os principais recuos foram de Amazonas (-6,0%) e Bahia (-5,2%).
Na comparação com fevereiro de 2020, a indústria nacional cresceu 0,4% em fevereiro de 2021, com altas em cinco dos 15 locais pesquisados. Vale citar que fevereiro de 2021 (18 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (18).
Santa Catarina (8,1%), Rio Grande do Sul (7,9%) e Minas Gerais (5,8%) as maiores altas. Em Santa Catarina, o avanço se deveu sobretudo aos setores de máquinas e equipamentos, confecção de artigos do vestuário e acessórios, metalurgia e máquinas, aparelhos e materiais elétricos. No Rio Grande do Sul, o resultado veio a partir do setor de máquinas e equipamentos e produtos de metal. Já a elevação em Minas Gerais foi impulsionada pelo setor de veículos automotores, reboques e carrocerias e pelas indústrias extrativas. São Paulo (4,4%) e Paraná (3,1%) registraram as demais taxas positivas nesse mês.
Por outro lado, Bahia (-20,9%), Pará (-11,4%), Espírito Santo (-10,1%), Amazonas (-9,9%), Região Nordeste (-9,7%) e Goiás (-7,7%) apontaram os recuos mais intensos em fevereiro de 2021. O comportamento negativo das atividades de veículos automotores e dos produtos derivados do petróleo e biocombustíveis influenciou no resultado negativo da Bahia e da Região Nordeste. O peso da indústria extrativa explica o desempenho negativo no Pará e no Espírito Santo. O Amazonas sofreu influência dos setores de bebidas, outros equipamentos de transporte (motocicletas) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos. E Goiás sofreu com o mau desempenho dos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (medicamentos), produtos alimentícios e indústrias extrativas (como minérios de cobre). Rio de Janeiro (-3,9%), Mato Grosso (-3,8%), Pernambuco (-1,5%) e Ceará (-0,5%) mostraram os demais resultados negativos em fevereiro de 2021.
No confronto do último trimestre de 2020 com o primeiro bimestre de 2021, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, onze dos 15 locais pesquisados desaceleraram, acompanhando o índice nacional, que passou de 3,5% para 1,3%.
Amazonas (de 8,3% para -9,8%), Bahia (de -2,0% para -18,0%), Região Nordeste (de 3,3% para -6,6%), Espírito Santo (de -2,7% para -9,3%), Pernambuco (de 8,4% para 3,2%), Paraná (de 11,8% para 7,1%) e Ceará (de 9,4% para 4,9%) apontaram as perdas mais acentuadas, enquanto Mato Grosso (de -10,6% para -9,0%) e Rio de Janeiro (de -6,1% para -4,5%) assinalaram os principais ganhos entre os dois períodos.
No acumulado do ano, frente a igual período de 2020, a expansão na produção nacional alcançou oito dos 15 locais pesquisados, com destaque para Santa Catarina (9,5%), Rio Grande do Sul (8,4%), Minas Gerais (7,8%) e Paraná (7,1%). São Paulo (5,0%), Ceará (4,9%) e Pernambuco (3,2%) também registraram taxas positivas acima da média nacional (1,3%), enquanto Pará (1,0%) completou o conjunto de locais com altas acumuladas no ano.
Por outro lado, Bahia (-18,0%) teve o recuo mais elevado no índice acumulado no primeiro bimestre do ano, pressionado, principalmente, pelo comportamento negativo das atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias. Amazonas (-9,8%), Espírito Santo (-9,3%), Mato Grosso (-9,0%), Goiás (-9,0%), Região Nordeste (-6,6%) e Rio de Janeiro (-4,5%) também caíram no indicador acumulado no período janeiro-fevereiro de 2021.
Últimos 12 meses
O acumulado dos últimos doze meses (-4,2%) em fevereiro de 2021, repetiu o resultado de janeiro último, seu recuo menos intenso desde abril de 2020 (-2,9%). Treze dos 15 locais pesquisados assinalaram taxas negativas em fevereiro de 2021, mas em quatro deles os recuos foram menos intensos do que em janeiro último.
Demais estados:
Amazonas de -6,7% para -7,3%;
Bahia de -7,2% para -9,4%;
Espírito Santo de -13,5% para -14,1%;
Minas Gerais de -1,3% para -0,5%;
Pará (de 1,5% para 0,1%;
Pernambuco de 4,0% para 3,0%;
Rio de Janeiro de -1,1% para -2,1%;
Rio Grande do Sul de -4,8% para -4,3%;
Região Nordeste de -3,8% para -5,2%;
Santa Catarina de -3,6% para -3,1%;
São Paulo de -5,7% para -5,1%;