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08/04/2021

Em fevereiro, indústria recua em dez dos 15 locais pesquisados

Agência IBGE

 

Com a redução de 0,7% na indústria nacional, de janeiro para fevereiro de 2021, na série com ajuste sazonal, dez dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram taxas negativas. As quedas mais acentuadas ocorreram no Ceará (-7,7%), Pará (-7,4%) e Bahia (-5,8%), enquanto os maiores avanços foram no Mato Grosso (7,3%) e Espírito Santo (4,6%). Em relação à média móvel trimestral, nove dos quinze locais pesquisados apontaram taxas positivas no trimestre terminado em fevereiro, com destaque para Mato Grosso (3,3%), Rio de Janeiro (1,7%), Minas Gerais (1,0%) e Santa Catarina (0,7%).

 

industria Jose Paulo Lacerda CNI internaFoto: José Paulo Lacerda/CNI

 

Já no acumulado em 12 meses, oito dos 15 locais pesquisados assinalaram taxas positivas em fevereiro de 2021.


Na série com ajuste sazonal, dez dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas. Ceará (-7,7%), Pará (-7,4%) e Bahia (-5,8%) assinalaram as quedas mais acentuadas, com o primeiro intensificando o recuo de 1,6% registrado no mês anterior; o segundo eliminando parte do avanço de 9,1% acumulado em dezembro de 2020 e janeiro de 2021; e o último marcando a terceira taxa negativa consecutiva e acumulando nesse período perda de 14,9%. Região Nordeste (-2,6%), Paraná (-2,5%), Santa Catarina (-1,5%), São Paulo (-1,3%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Pernambuco (-1,1%) e Amazonas (-0,9%) completaram o conjunto de locais com queda na produção em fevereiro de 2021.

Por outro lado, Mato Grosso (7,3%) e Espírito Santo (4,6%) apontaram os maiores avanços no mês, com ambos voltando a crescer após recuarem em janeiro último: -1,3% e -10,1%, respectivamente. Goiás (2,0%), Rio de Janeiro (1,9%) e Minas Gerais (0,5%) assinalaram os demais resultados positivos nesse mês.

A média móvel trimestral para a indústria subiu 0,2% no trimestre encerrado em fevereiro de 2021 frente ao nível do mês anterior, após as altas de janeiro de 2021 (0,7%), dezembro (0,9%), novembro (1,6%), outubro (2,4%), setembro (4,8%), agosto (7,0%) e julho (9,0%) de 2020, quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em novembro de 2019.

Houve taxas positivas em nove dos 15 locais pesquisados. Os maiores avanços foram em Mato Grosso (3,3%), Rio de Janeiro (1,7%), Minas Gerais (1,0%) e Santa Catarina (0,7%). Já os principais recuos foram de Amazonas (-6,0%) e Bahia (-5,2%).

Na comparação com fevereiro de 2020, a indústria nacional cresceu 0,4% em fevereiro de 2021, com altas em cinco dos 15 locais pesquisados. Vale citar que fevereiro de 2021 (18 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (18).

Santa Catarina (8,1%), Rio Grande do Sul (7,9%) e Minas Gerais (5,8%) as maiores altas. Em Santa Catarina, o avanço se deveu sobretudo aos setores de máquinas e equipamentos, confecção de artigos do vestuário e acessórios, metalurgia e máquinas, aparelhos e materiais elétricos. No Rio Grande do Sul, o resultado veio a partir do setor de máquinas e equipamentos e produtos de metal. Já a elevação em Minas Gerais foi impulsionada pelo setor de veículos automotores, reboques e carrocerias e pelas indústrias extrativas. São Paulo (4,4%) e Paraná (3,1%) registraram as demais taxas positivas nesse mês.

Por outro lado, Bahia (-20,9%), Pará (-11,4%), Espírito Santo (-10,1%), Amazonas (-9,9%), Região Nordeste (-9,7%) e Goiás (-7,7%) apontaram os recuos mais intensos em fevereiro de 2021. O comportamento negativo das atividades de veículos automotores e dos produtos derivados do petróleo e biocombustíveis influenciou no resultado negativo da Bahia e da Região Nordeste. O peso da indústria extrativa explica o desempenho negativo no Pará e no Espírito Santo. O Amazonas sofreu influência dos setores de bebidas, outros equipamentos de transporte (motocicletas) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos. E Goiás sofreu com o mau desempenho dos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (medicamentos), produtos alimentícios e indústrias extrativas (como minérios de cobre). Rio de Janeiro (-3,9%), Mato Grosso (-3,8%), Pernambuco (-1,5%) e Ceará (-0,5%) mostraram os demais resultados negativos em fevereiro de 2021.

No confronto do último trimestre de 2020 com o primeiro bimestre de 2021, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, onze dos 15 locais pesquisados desaceleraram, acompanhando o índice nacional, que passou de 3,5% para 1,3%.

Amazonas (de 8,3% para -9,8%), Bahia (de -2,0% para -18,0%), Região Nordeste (de 3,3% para -6,6%), Espírito Santo (de -2,7% para -9,3%), Pernambuco (de 8,4% para 3,2%), Paraná (de 11,8% para 7,1%) e Ceará (de 9,4% para 4,9%) apontaram as perdas mais acentuadas, enquanto Mato Grosso (de -10,6% para -9,0%) e Rio de Janeiro (de -6,1% para -4,5%) assinalaram os principais ganhos entre os dois períodos.

No acumulado do ano, frente a igual período de 2020, a expansão na produção nacional alcançou oito dos 15 locais pesquisados, com destaque para Santa Catarina (9,5%), Rio Grande do Sul (8,4%), Minas Gerais (7,8%) e Paraná (7,1%). São Paulo (5,0%), Ceará (4,9%) e Pernambuco (3,2%) também registraram taxas positivas acima da média nacional (1,3%), enquanto Pará (1,0%) completou o conjunto de locais com altas acumuladas no ano.

Por outro lado, Bahia (-18,0%) teve o recuo mais elevado no índice acumulado no primeiro bimestre do ano, pressionado, principalmente, pelo comportamento negativo das atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias. Amazonas (-9,8%), Espírito Santo (-9,3%), Mato Grosso (-9,0%), Goiás (-9,0%), Região Nordeste (-6,6%) e Rio de Janeiro (-4,5%) também caíram no indicador acumulado no período janeiro-fevereiro de 2021.

Últimos 12 meses

O acumulado dos últimos doze meses (-4,2%) em fevereiro de 2021, repetiu o resultado de janeiro último, seu recuo menos intenso desde abril de 2020 (-2,9%). Treze dos 15 locais pesquisados assinalaram taxas negativas em fevereiro de 2021, mas em quatro deles os recuos foram menos intensos do que em janeiro último.

Demais estados:

Amazonas de -6,7% para -7,3%;

Bahia de -7,2% para -9,4%;

Espírito Santo de -13,5% para -14,1%;

Minas Gerais de -1,3% para -0,5%;

Pará (de 1,5% para 0,1%;

Pernambuco de 4,0% para 3,0%;

Rio de Janeiro de -1,1% para -2,1%;

Rio Grande do Sul de -4,8% para -4,3%;

Região Nordeste de -3,8% para -5,2%;

Santa Catarina de -3,6% para -3,1%;

São Paulo de -5,7% para -5,1%;


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