Soraya Misleh/Comunicação SEESP
Na tarde desta quinta-feira (9/6), sessão plenária no V Encontro Ambiental do Vale do Paraíba (Ecovale) colocou em pauta tema central na atualidade: as mudanças climáticas, seus impactos e ações para combatê-las. Promovido pelo SEESP e Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), com apoio da Universidade de Taubaté (Unitau), o evento teve início no dia 8 de junho e segue até hoje. Ocorre de forma híbrida, presencialmente hotel Ibis Styles, em Taubaté (SP), e com transmissão online pelo canal do Ecovale no Youtube.
Sob mediação da engenheira sanitarista e ambiental Marcellie Dessimoni, coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP, a sessão plenária teve como expositores o meteorologista Gilberto Fisch, professor da Unitau; e o engenheiro Hassan Mohamad Barakat, do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura Municipal de São Paulo.
“Mudanças climáticas: presente e futuro” foi o tema abordado por Fisch. Segundo demonstrou ele ao apresentar série histórica, faz “quase 42 anos que a temperatura do ar na média global vem aumentando”. Consequentemente, como enfatizou, “temos visto cada vez mais eventos extremos, não só chuvas, com inundações e deslizamentos, mas seca”. Ele lembrou que na última semana no Grande Recife, em decorrência das chuvas extremas, faleceram mais de 120 pessoas. Além disso, observam-se, conforme o especialista, elevação do nível médio dos mares, redução das calotas polares.
A emissão de gases de efeito estufa, de acordo com seu alerta, tem aumento muito rapidamente. “Isso pode impactar a atmosfera e nossa sociedade”. Em relação à contribuição do Brasil para essa situação, ele apontou que o grande vilão é o desmatamento na Amazônia, que, em suas palavras, “muda toda a dinâmica do planeta”. E vaticinou: “O aquecimento é inequívoco, e o ser humano é responsável por isso.” Na sua ótica, é preciso reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
Uma das formas, defendeu, é fazer o reflorestamento ao sequestro de carbono. Também propugnou o fortalecimento das ciências, o uso de energias renováveis e políticas públicas que priorizem o transporte público sobre o individual, além de educação ambiental desde a infância.
Já Barakat, em sua apresentação sobre o tema “Chuvas de verão – Alerta inundação”, evidenciou a importância da informação para a sociedade, “uma das armas para minimizar os efeitos do aquecimento global”. Também revelou as tecnologias ao monitoramento dos eventos climáticos na cidade de São Paulo, que abrangem imagem de satélite, radar e estações meteorológicas, modelos numéricos de previsão do tempo, entre outros. Concordando com Fisch, o engenheiro salientou a importância da educação ambiental à melhoria do planeta.
Ao encerrar o V Ecovale, o coordenador e idealizador do evento, Carlos Alberto Guimarães Garcez, diretor do SEESP, frisou: “Vamos juntos, que precisamos modificar essa situação catastrófica que a gente tem que são os problemas ambientais. Temos que ajudar na resolução disso tudo.” Ele finalizou anunciando a sexta edição do encontro ambiental nos dias 8 e 9 de junho de 2023.
Assista à integra das sessões plenárias: