Jéssica Silva/Comunicação SEESP
Na manhã da sexta-feira (16/9), o SEESP iniciou a agenda de atividades do ciclo de debate “A engenharia, o Estado e o País” recebendo a candidata à Presidência Soraya Thronicke e o candidato a vice-presidente Marcos Cintra (União Brasil).
O debate aberto ao público na sede do sindicato foi transmitido pelo canal da entidade no Youtube e página no Facebook. A iniciativa já tradicional do SEESP se pauta por critérios democráticos, incluindo todos os partidos, independentemente de representação no Congresso.
A então senadora apresentou sua proposta de governo aos engenheiros que terá como foco principal, conforme falou, reaquecer a economia. “A solução parte da economia. Se a economia vai bem, tudo vai bem”, afirmou.
Nesse sentido, Thronicke criticou o sistema tributário atual e falou sobre o Imposto Único Federal (Iufe): “Iremos substituir 11 tributos federais por um imposto só, que vai incidir nas movimentações financeiras com uma alíquota de 1,26%”.
Segundo a candidata, por incidir sob consumo, arrecadação tributária atual é suportada por 70% dos brasileiros, sendo mais pesada para os mais pobres. Na alíquota proposta, a arrecadação permanece a mesma: “levando a cobrança para o meio digital que incide no depósito e no saque, no pagamento ou no recebimento, conseguimos fazer com que essa carga tributária seja distribuída nos ombros de 100% dos brasileiros praticamente [...] todos pagam, mas pagam menos”, ratificou.
A proposta de imposto único, abordou Cintra, aumenta a empregabilidade no País por eliminar as contribuições previdenciárias, “que onera o empregado de 7% a até 14%, e o empregador em 20% da folha”. O candidato a vice-presidente atestou: “Nós vamos reduzir o custo da geração de um posto de trabalho e ao mesmo tempo remunerar melhor o empregado”.
O plano de reforma tributária abarca ainda a isenção do Imposto de Renda de trabalhadores que recebem o equivalente a até cinco salários mínimos e de professores. “Nós entendemos o cenário e o que temos para propor é um Brasil novo”, disse Thronicke.
Modelo de governo
Dentro do modelo de governo dos candidatos Cintra destacou três prioridades. A primeira sendo a educação, que, em sua avaliação, necessita de investimentos na qualidade do ensino e não na ampliação; a segunda, a geração de empregos e, por fim, a situação do Brasil no mundo. Sobre a última destacou: “Não existe país com maior potencial de crescimento. O Brasil precisa valorizar o que tem para se posicionar no mundo”.
Ele pontuou o que acredita ser fundamental avaliar na hora de escolher um novo governo: ousadia, o “pensar fora da caixa”; competência – o que classificou como a possibilidade de fazer tudo o que é proposto; e honestidade, exemplificada pelo economista como “seriedade de propósito”.
Senado
O presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, reforçou à candidata a importância do profissional da engenharia no desenvolvimento nacional. "Tudo tem engenharia, nada mais justo e sério ter a carreira de Estado para o engenheiro", frisou Murilo citando o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 13/2013. Parado no Senado, o projeto cria a carreira de Estado para engenheiros, arquitetos e agrônomos em todos os níveis de governo (federal, estadual e municipal).
Thronicke externou que seu plano de governo consiste em dialogar com as diversas áreas necessárias ao crescimento do País, como a dos engenheiros. "Contem comigo", frisou. Ela também se comprometeu em verificar o andamento do PLC e viabilizar a votação. Logística, transparência e corrupção também foram pautas presentes no debate. Assista à íntegra no vídeo: