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21/09/2022

"Outro modelo de desenvolvimento", defende Tito Bellini

Ciclo de debates

 

Comunicação SEESP

 

Candidato a senador pelo PCB, Tito Bellini participou virtualmente do ciclo de debates “A engenharia, o Estado e o País” nesta quarta-feira (21/9), data em que o SEESP completou 88 anos de existência. A atividade, como de praxe, foi transmitida ao vivo pelo canal do sindicato no Youtube e página no Facebook.

 

A iniciativa já tradicional da entidade se pauta por critérios democráticos, incluindo todos os partidos, independentemente de representação no Congresso. Os eventos serão programados até este mês de setembro, em acordo com a agenda dos (as) candidatos (as) que aceitarem o convite do sindicato.

 

Nascido em Santos, Bellini cresceu em Itanhaém, também no litoral paulista, e vive em Franca, interior, desde 1995. Doutor em História, é professor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e coordenador do Núcleo de Estudos Marx e Marxismos (Nemarx) na instituição. Ele inaugurou sua fala apresentando sua trajetória acadêmica e militante, desde o movimento estudantil no município em que reside, no qual observa a “realidade singular” de ser uma “cidade operária e industrial”, conhecida como “capital do calçado masculino”.

 

Da esq. para a dir., o candidato Tito Bellini e o presidente do SEESP, Murilo Pinheiro (acima), além dos diretores do sindicato Nestor Tupinambá e Edilson Reis (abaixo). Foto: Reprodução Youtube

 

Tendo concorrido a cargos Executivos em Franca (prefeito em 2008 e vice em 2020), ele revelou ainda que este foi o primeiro município a organizar comícios pelas Diretas Já na explosão de mobilizações contra a ditadura militar no Brasil nos anos 1970 e 1980, tendo ali se realizado “grandes greves e manifestações”.

 

Com base em sua experiência, ele destacou a importância de se pensar mobilidade nas cidades “focada nas pessoas, não nos veículos”. Assim, acredita ser prioritário o resgate do setor ferroviário, o qual foi desmontado. Defendeu, na mesma linha, modelo de tarifa zero nos transportes públicos. Para reduzir os deslocamentos, enxerga dois movimentos: aproveitar imóveis vazios no centro para que cidadãos possam morar perto do trabalho e pensar novas centralidades nos bairros, para que as pessoas tenham condições de emprego perto de sua casa. “É preciso reintegrar a população à cidade.”

 

Bellini detalhou seu programa de governo, assentado em outro modelo de desenvolvimento. Sob essa ótica,

disse que pretende reverter os investimentos no campo, garantindo preponderância à agricultura familiar e à agroecologia, não ao agronegócio, como na atualidade. E foi categórico: não é suficiente o crescimento do PIB se este for baseado na concentração de riqueza. É preciso que se fundamente na “redução da diferença entre ricos e pobres”.

 

Entre outros pontos em seu programa que apresentou, consta também a reversão de privatizações como da Eletrobras, a garantia de uma Petrobras e uma Sabesp 100% estatais e a revogação das “contrarreformas” trabalhista e previdenciária, além do Teto de Gastos.

 

Propugna ainda fortalecimento do serviço público e revisão do sistema tributário brasileiro, “um dos mais injustos do mundo”. Outra proposta de sua candidatura é redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem diminuição dos salários, os quais seriam baseados no mínimo necessário apresentado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – R$ 6.298,91 em agosto último.

 

Confira a participação de Tito Bellini no ciclo de debates na íntegra:

 

 

 

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