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04/05/2023

Ricardo Galvão defende investimentos à retomada do processo científico brasileiro

Comunicação SEESP*

 

Em palestra inaugural no Ciclo de Conferências da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) 2023, no dia 28 de abril último, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, abordou o tema “Ciência no Brasil: atualidade e perspectivas”.

 

Engenheiro e professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), ele foi agraciado pelo SEESP em 2019 com o prêmio Personalidade da Tecnologia na categoria “Amazônia e Meio Ambiente”. Até julho daquele ano, ocupou o cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).

 

“Para poder falar do futuro, é preciso ver se realizamos alguma coisa do que prometemos no passado”, disse Galvão, durante sua palestra na Fapesp. Ele lembrou da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, ocorrida em 2010, cujas propostas encontram-se reunidas no Livro Azul.

 

galvão cnpqReprodução Youtube / Agência Fapesp 

Entre suas diretrizes, como apontou, a articulação entre inovação e sustentabilidade; as novas oportunidades do Brasil em agricultura, bioenergia, tecnologias da informação e comunicação e exploração do pré-sal; o aproveitamento da biodiversidade, dos recursos marítimos e do uso sustentável da Amazônia.

 

Ele fez uma avaliação da atuação do CNPq no sentido de atender a pauta definida em 2010, mostrando que, a despeito de todos os problemas enfrentados, a instituição ocupa o 10º lugar no ranking mundial da participação das agências de fomento em trabalhos diretamente relacionados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas –liderado pela agência chinesa de fomento. E enfatizou a criação, em 2008, do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, durante a gestão do professor Marco Antonio Zago, atual presidente da Fapesp.

 

Analisando a evolução orçamentária do CNPq, Galvão mencionou o aumento, neste ano, dos valores das bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, que estavam fortemente depreciadas. Mas indicou o grande descompasso entre os gastos com bolsas e com inversões em fomento, que deveriam ser prioridade do CNPq e correspondem a apenas 11,6% do total.

 

“A solução é ter mais recursos para investimentos. E, como estratégias para o futuro, queremos nos concentrar em ações em que tenhamos colaborações com as FAPs [Fundações de Amparo à Pesquisa], restaurando programas como o Pronem [Programa de Apoio a Núcleos Emergentes de Pesquisa] e o Pronex [Programa de Apoio a Núcleos de Excelência]”, enfatizou.

 

Confira a palestra de Ricardo Galvão na íntegra:

 

*Versão editada de matéria de autoria de José Tadeu Arantes, publicada originalmente pela Agência Fapesp

 

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