Comunicação SEESP*
Entre as muitas tarefas a serem cumpridas para que haja igualdade na sociedade brasileira está assegurar oportunidades iguais a todas as pessoas, independentemente de raça ou gênero. Entre os setores em que ainda há um longo caminho a seguir para que isso aconteça está a engenharia. Dos cerca de 1,100 milhão de profissionais registrados no País, cerca de 223 mil, ou pouco mais de 20%, são mulheres. No aspecto racial, embora não haja dados oficiais, a experiência no dia a dia demonstra a reduzida presença de pretos e pardos na engenharia.
Na edição do Jornal do Engenheiro de novembro – mês marcado pela celebração do Dia da Consciência Negra – o SEESP entrevista a engenheira civil Tamires Pinheiro. Jovem, negra e oriunda de família pobre, Pinheiro conquistou seu espaço na profissão pela qual se apaixonou.
Diretora adjunta do SEESP, ela começou a atuar na entidade integrando a coordenação do Núcleo Jovem Engenheiro (NJE). Também representa o sindicato como conselheira suplente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP).
“Eu trabalho desde os 14 anos e minha família vem de trabalhadores da construção civil, não engenheiros, mas pedreiros, ajudantes e serventes. Sempre acompanhei e gostei. Como venho de uma família mais humilde, não tinha condições de custear, então demorei um pouquinho para entrar na faculdade de engenharia civil. Consegui entrar, de fato, na área no segundo ano da faculdade. Aí foi amor à primeira vista, comecei, não parei mais”, ela conta.
*Texto original de Rita Casaro – JE novembro/2023.