João Guilherme Vargas Netto
Almejar a normalização da vida nacional (que é o contrário de uma polarização continuada e renitente) não deve significar a aceitação de uma mesmice preguiçosa e indulgente.
Para a ação sindical, a vida nacional normalizada não resolve, por si só, os problemas, mas facilita seu enfrentamento e sua solução.
Basta citar as negociações salariais em curso nas diferentes categorias e datas-bases que se beneficiam de uma conjuntura favorável e, dependendo da mobilização dos trabalhadores, conseguem resultados que interessam a todos ou à maioria.
A ação sindical prossegue, em suas várias formas (como resenha a cada semana a Rádio Peão Brasil), atacando os problemas correntes da vida dos trabalhadores e das trabalhadoras e apresentando a todos a orientação unitária das direções sindicais, sem ser desorientada pelos aspectos mais perversos do negacionismo, da intransigência e da falsificação.
O esforço efetivo das direções sindicais buscando junto aos senadores garantir a derrota do PL 2.099, lesivo às contribuições decorrentes das negociações, deve prosseguir, confiando em que o diálogo convincente e a afirmação dos argumentos, combinados com a mobilização das bases sindicais, produzam o resultado desejado. Assim também algumas datas expressivas no calendário sindical, como o dia 28 de abril, em memória das vítimas de mortes e acidentes de trabalho, e o 1º de maio, cuja comemoração deve ser um marco relevante do esforço sindical pela normalização da vida brasileira.
João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical e analista político
Fonte: Departamento de Comunicação e Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado de São Paulo (Sintetel) / Foto João Guilherme Vargas Netto: Agência Sindical