Pesquisa sobre rodovias, divulgada na última semana, pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes), deixa ainda mais clara a necessidade que o País tem de compensar o tempo perdido a fim de corrigir os problemas de suas rodovias, por onde circula a maioria de sua produção. “Não é à toa que outra pesquisa realizada recentemente pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), mostrou que o transporte corresponde a 30% do valor dos produtos”, diz o diretor da Brazil Road Expo, Guilherme Ramos, lembrando que a conservação da malha viária do Brasil prejudica muito a competitividade.
De acordo com o levantamento, houve um aumento do percentual de rodovias consideradas regulares, ruins ou péssimas e a diminuição das rodovias cujas condições podem ser classificadas como boas ou ótimas. O estudo, que analisou a pavimentação, sinalização e geometria de aproximadamente 96 mil quilômetros de estradas nacionais, sendo 65.273 quilômetros de rodovias federais e 30.434 quilômetros de rodovias estaduais, mostrou ainda que são necessários R$ 190 bi em investimentos no setor para que esta situação seja melhorada.
Dos 95.707 quilômetros avaliados, 80.315 quilômetros estão sob gestão pública e 15.392 quilômetros sob gestão de concessionárias. Se comparada com a pesquisa anterior, a qualidade das estradas concessionadas se manteve estável, com índice de “bom e ótimo” de 86,9% em 2011 e 86,7% em 2012. Por outro lado, as rodovias sob gestão pública puxaram o índice geral para baixo: em 2011 33,8% destas estradas estavam em ótimas ou boas condições, enquanto a nova pesquisa mostrou que agora o índice é de 27,8%.
Imprensa – SEESP
Informação da Brazil Road Expo 2013 – 3ª edição