O Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) começou a construir seu parque tecnológico, o CTI-Tec, um investimento de R$ 15 milhões em infraestrutura destinada a abrigar 16 empresas de base tecnológica e mais uma incubadora. A primeira a se instalar na área será a Petrobras, que planeja implantar um Centro de Tecnologia de Engenharia de Poço (CTEP) no segundo semestre deste ano. Esse centro vai se dedicar à capacitação de pesquisadores, desenvolvimento de projetos de pesquisa e desenvolvimento para os setores de energia, petróleo e gás e gerar novas tecnologias que possibilitem explorar todo o potencial existente no pré-sal.
O CTI-Tec será o quarto parque tecnológico de Campinas integrante do Sistema Paulista de Parques (SPTec) — estão pré-credenciados o centro de tecnologia Ciatec, o parque científico da Unicamp, e o Polis, que funcionado no CPqD.
O parque do CTI pretende diminuir a distância entre o conhecimento produzido no País e as demandas por inovações técnicas do setor produtivo. O CTI, órgão ligado ao governo federal, é responsável pela produção de pesquisas nas áreas de microeletrônica, softwares e aplicações. O parque tecnológico instalado no local será voltado para empresas que atuam no campo da tecnologia da informação e comunicações (TIC), setor que cresce de forma acelerada no País.
Segundo o instituto de pesquisa, o CTI-Tec pretende criar um ecossistema em que a presença em um mesmo local de empresas e instituições científicas e tecnológicas, compartilhando seus recursos, formarão a base necessária para a geração de soluções inovadoras, possibilitando um processo de coevolução e de autossustentação do conjunto.
O principal critério de seleção estabelecido para uma empresa se instalar no novo parque é a apresentação de um projeto que possa ser desenvolvido em parceria entre o centro e a companhia empreendedora. Haverá o rateio das despesas condominiais e as empresas irão se comprometer a contratar projetos de pesquisa e desenvolvimento e inovação do CTI. “Não se trata de um empreendimento imobiliário, mas sim de um instrumento para apoiar a inovação na cadeia produtiva, para produzir pesquisa, desenvolvimento e inovação”, disse o diretor do centro de pesquisa, Victor Mammana.
A previsão é de que a primeira fase do CTI-Tec contemple a construção de um prédio de 1,8 mil metros quadrados, com investimentos de R$ 3 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A primeira fase tem como meta abrigar empresas voltadas para geração de inovação em bens e serviços de tecnologia de informação (TI).
Como atrativo às empresas, além dos incentivos fiscais e a sinergia com o centro de pesquisa, o parque vai viabilizar a instalação de empresas em local de fácil acesso a Campinas e região e com conexões logísticas com o resto do País e outros mercados, além de conexões com as demais entidades de pesquisa e ensino, especialmente as da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
Fonte: Jornal Correio Popular - Campinas