Redes de banda larga têm o potencial de alterar radicalmente o panorama da educação, criar novos centros de prestígio de aprendizagem nos países em desenvolvimento e estender o acesso a programas de ensino à distância para as comunidades periféricas, dentre outros benefícios, aponta novo relatório da Comissão de Banda Larga para o Desenvolvimento Digital. A comissão foi criada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a União Internacional de Telecomunicações (UIT).
O documento, intitulado Banda Larga, Tecnologia e Educação: Avançando na Agenda de Educação para Todos, aborda como o acesso a tecnologias de alta velocidade por meio de plataformas fixas e móveis pode ser estendido para que os alunos e professores em todos os lugares possam colher os benefícios para si e para suas comunidades.
Segundo o relatório, estratégias de ensino à distância podem não só ajudar as nações a educar as crianças e adultos que vivem em comunidades remotas, mas os programas de banda larga baseados em educação também podem se tornar uma fonte de renda para as instituições nacionais de ensino superior que conseguem projetar convincentes currículos de classe mundial sob medida para as necessidades de bilhões que vivem em nações em desenvolvimento.
O relatório enfatiza a importância da implantação da banda larga como meio de acelerar o progresso para um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), referente à Educação Primária Universal e o objetivo da UNESCO de Educação para Todos.
A UIT estima que, ao final de 2012, havia cerca de 2,5 bilhões de pessoas que usavam a Internet — mas apenas cerca de 25% destas vivem nas nações em desenvolvimento. Nos países designados pela ONU como Países Menos Desenvolvidos, esse número cai para apenas 6%.
“Muito progresso tem sido feito para alcançar os objetivos de 2015, mas muitos países ainda não estão no caminho certo”, disse a Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova, que copreside a comissão de banda larga com o Secretário-Geral da UIT, Hamadoun I. Touré.
“A divisão digital continua a ser uma divisão de desenvolvimento. Os avanços da internet e celulares fornecem a todos os países, especialmente em desenvolvimento e menos desenvolvidos, oportunidades sem precedentes. Temos de tirar o máximo da banda larga para ampliar o acesso à educação de qualidade para todos”, acrescentou Bokova.
Para ler o relatório em inglês, clique aqui.
Fonte: www.onu.org.br