A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) aprovou apoio a 17 novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids). A apresentação dos Centros será feita nesta quinta-feira (6/06), no Palácio dos Bandeirantes, na Capital, com a presença do governador Geraldo Alckmin.
Um deles, o Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDFM), sob responsabilidade do pesquisador Elson Longo da Silva, tem como sede o Câmpus de Araraquara da Unesp.
O Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais é uma evolução do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos, que recebeu apoio financeiro da Fapesp na primeira fase do Programa Cepid e teve como foco de pesquisa a síntese de materiais com composição química, microestrutura e morfologia controladas.
O novo centro utilizará essa competência para a pesquisa e desenvolvimento de materiais funcionais nanoestruturados, customizados para solucionar problemas relacionados à energia renovável, saúde e meio ambiente. O Centro contará com plantas-piloto de nanopartículas funcionais e estimulará a geração de novas empresas de base tecnológica. Oferecerá, ainda, programa de educação voltado para professores do ensino médio.
Financiamento
O financiamento para os 17 Cepids virá da Fapesp e das instituições em que estarão sediados, num total de R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 760 milhões da Fapesp e outros R$ 640 milhões estimados em salários pagos aos pesquisadores e técnicos. Os Centros também contarão com fundos obtidos junto à indústria e outras agências de fomento à Ciência e Tecnologia.
Os 17 novos Cepids envolvem 499 cientistas no Estado de São Paulo e 68 de outros países e receberão apoio pelo período de onze anos. Dos 17 Centros, oito têm sede na cidade de São Paulo, três em São Carlos, três em Campinas, dois em Ribeirão Preto e um em Araraquara.
A característica mais importante dos CEPIDs é a multiplicidade de suas missões. Além de desenvolver investigação fundamental ou aplicada, focada em temas específicos, os Centros devem contribuir para a inovação, por meio de transferência de tecnologia, e para a difusão do conhecimento, já que irão oferecer atividades de extensão voltadas para o ensino fundamental e médio e para o público em geral.
Os temas de pesquisa dos 17 centros incluem: alimentos e nutrição; vidros e cerâmica; materiais funcionais; neurociência e neurotecnologia; doenças inflamatórias; biodiversidade e descoberta de novas drogas; toxinas, resposta imune e sinalização celular; neuromatemática; ciências matemáticas aplicadas à indústria; obesidade e doenças associadas; terapia celular; estudos metropolitanos; genoma humano e células-tronco; engenharia computacional; processos oxidantes e antioxidantes em biomedicina; violência; óptica, biofotônica e física atômica e molecular.
Fonte: Agência Fapesp