Engenheiros e arquitetos, em nova assembleia nesta quarta-feira (16/10), pela manhã, na sede do SEESP, reafirmaram a unidade na luta pela dignidade e valorização do trabalho na Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP). Por isso, aprovaram, por unanimidade e com muito entusiasmo, o que eles definiram como “proposta de conciliação”, a ser apresentada em mesa de negociação já marcada para o próximo dia 24 com os representantes da administração municipal. Será uma resposta à segunda proposta de subsídios do governo, classificada pelos sindicatos como “inaceitável”.
Fotos: Beatriz Arruda/SEESP
Categorias aprovam, por unanimidade, proposta de conciliação em assembleia, no SEESP
A proposta de conciliação consiste numa nova tabela básica com 13 faixas salariais (S-1 a S-13) mais as gratificações por desempenho (GDA) e funcional, adicional quinquênio, Regime de Dedicação Profissional Exclusiva (RDPE) e a sexta parte (valor recebido após 20 anos de efetivo exercício no serviço público). Com a sua aplicação, os salários alcançarão reajustes entre 107,89%, para a faixa inicial (S-1), e 48,79%, para a escala final (S-13).
O presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, abriu os trabalhos, parabenizando as categorias pela luta empreendida e lembrando a participação fundamental do vice-presidente Laerte Mathias de Oliveira – falecido em 12 de outubro último – em todo o processo que resultou na mobilização dos profissionais das carreiras técnicas da PMSP. “A palavra de vocês é a nossa palavra. O comando de vocês é o nosso comando”, ressaltou enfaticamente, garantindo que o trabalho iniciado por Laerte continuará sendo conduzido de forma exemplar. Ao final de sua fala, bastante emocionado, Pinheiro solicitou um minuto de silêncio por Laerte. Outros delegados sindicais do SEESP e dos arquitetos também prestaram sua homenagem, pedindo uma salva de palmas ao companheiro morto.
Presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, destaca importância de Laerte
na luta dos profissionais da prefeitura. Confira aqui outras fotos da assembleia
Mobilização histórica
O delegado dos engenheiros Sérgio Ferreira de Souza iniciou as explicações do movimento desde o início, por volta dos anos 2000, até os dias atuais, destacando que as categorias nunca foram para as ruas mostrar seu descontentamento como estão fazendo agora. “A nossa mobilização foi e está sendo fundamental para avançarmos nas negociações com a prefeitura.” Observou, ainda, que a proposta em questão é um passo estratégico para que os servidores tenham reajuste salarial digno e, a partir daí, sem esmorecer na mobilização, avançar para discutir e estudar um Plano de Carreira que promova a dignidade dos profissionais em todo o quadro da prefeitura.
Os representantes das duas categorias fizeram questão de realçar a ação inédita e histórica dos profissionais, que tem como ponto básico a valorização profissional e, consequentemente, do serviço público. O assessor da área sindical do SEESP, Carlos Antonio Hannickel, que vem acompanhando todas as negociações salariais, parabenizou engenheiros e arquitetos, e outras carreiras técnicas, que estão fazendo valer o verdadeiro sentido da função do “servidor público”, que é o elo necessário entre o poder público e as camadas mais necessitadas da população, “são elas que precisam do serviço público”. Ao mesmo tempo, comemorou a “implantação” da ação sindical efetiva e combativa dessas categorias na Prefeitura Municipal de São Paulo.
Missa
A missa de sétimo dia do vice-presidente Laerte Mathias de Oliveira será nesta sexta-feira (18/10), às 15h30, na Igreja Nossa Senhora da Consolação (Rua da Consolação, 585, Consolação, São Paulo).
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP