Não tenho o hábito de me citar; quando acerto, porque não quero demonstrar vaidade e quando erro – o que, felizmente, é mais raro – porque não sou masoquista e, provavelmente, já havia feito minha autocrítica.
Mas vou abrir uma exceção.
Em artigo para o Linha Direta, do Sintetel, de abril de 2013, com o título “Vai dar certo” escrevi:
“Para mim é torturante ouvir, quando uma coisa não vai bem, o refrão: já pensou na Copa?
Engarrafamentos, atrasos de voos, filas em bancos, ligações que não se completam, quaisquer esses aborrecimentos deflagram o pessimismo enrustido em muitos de nós e acordam o vira-lata que nos habita: não vai dar certo!
No entanto, com os esforços realizados e mesmo levando-se em conta as dificuldades estruturais, todos os controles apontam para o cumprimento das tarefas decorrentes do acolhimento de grandes eventos religiosos e esportivos aqui no Brasil.
As construções e reformas de estádios, as obras para mobilidade urbana, as instalações hoteleiras e de hospedagem, o suporte das telecomunicações e os aparatos de segurança e orientação vão, nos prazos previstos, sendo paulatinamente realizados. (...)
Mas o principal continua sendo a confiança em nossa capacidade – na capacidade do povo brasileiro – de realizar grandes obras.”
Reproduzo trechos do artigo porque o assinaria hoje, 14 meses depois de publicado, acrescentando apenas um elogio ao desempenho correto, firme e constante do ministro Aldo Rebelo que foi um entrevistado naquele número do Linha Direta.
* por João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical