A edição do JE na TV desta semana, no ar desde a segunda-feira (1º/9), traz na entrevista uma pauta fundamental para as cidades brasileiras: é com um dos coordenadores nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Guilherme Boulos.
“O MTST busca moradia digna mas não só. A gente busca direitos sociais aos trabalhadores que são negados como um todo. A luta do movimento mais ampliada é uma luta por reforma urbana. Não adianta dispor de moradia e não ter os serviços básicos que é o que frequentemente ocorre”, explica Guilherme Boulos.
Imagem: reprodução
Entre outros pontos, Boulos falou sobre as reivindicações do movimento que fazem parte da reforma urbana, como a melhoria dos serviços básicos de infraestrutura, como de telefonia. Recentemente, os sem-teto realizaram protestos na TIM, Oi e Anatel.
“Desde o processo de privatização da telefonia no país, você tem uma expansão dos serviço, que não foi decorrente da privatização, mas sim do avanço tecnológico de sinais e cabos, que permitiu a telefonia celular atingir o patamar que atinge hoje e, ao mesmo tempo, você tem um serviço que é muito ruim. E as tarifas no Brasil que é uma das mais caras do mundo, e os serviços também é um dos piores”, afirma o representante do MTST.
Boulos comentou ainda a reação da sociedade sobre a mobilização do MTST nas sedes da operadora. "Em todos os lugares o serviço é muito ruim. Quem nunca pensou em ocupar a TIM, a Claro, a OI, a Vivo? Mas quando o movimento ocupou foi visto de uma forma ruim. É muito revelador sobre o que é o preconceito social das camadas médias e da elite brasileira, que até concordam com uma determinada pauta, mas como foi feita pelos sem-tetos aí é ilegítimo", lamenta o militante.
O movimento de moradia promete continuar nas ruas para reivindicar as pautas inerentes à reforma urbana. Assista íntegra da entrevista abaixo.
Imprensa SEESP