Nesta semana, o Jornal do Engenheiro na TV (JE na TV), do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), conversa com o consultor especialista em hidrovias José Wagner Ferreira. Ele aborda o grande potencial do País nessa modalidade de transporte de cargas e passageiros.
O consultor afirma que a situação das hidrovias brasileiras "é quase triste" mas, ele diz que está esperançoso que o sistema brasileiro, atualmente multimodal, mude.
"O transporte de uma maneira geral é multimodal. Então você tem a aerovia, rodovia, hidrovia, dutovia. E no Brasil nunca se deu uma importância maior para as hidrovias. Talvez por políticas que vieram lá de trás. Principalmente o caminhão, nos últimos 60 anos, com seu sistema porta a porta, que tomou o sistema como um todo. E isso acabou provocando um desequilibrio na matriz de transporte muito grande. E, em todo opaís, tirando a região amazônica, praticamente 80% do que se transporta é encima de um caminhão. E isso é um absurdo no mundo em função de custos, das questões ambientais", diz.
Para ele, é preciso pensar em hidrovias grandes, em projetos estruturantes para abrir novas rotas. "Está faltando para nós uma visão mais ampla, para enxergar longe", lamenta.
De acordo com o especialista, a iniciativa privada vê com bons olhos esse tipo de modal, mas o governo ainda não foi sensibilizado sobre sua importância. Com relação ao alto investimento necessário para uma hidrovia, ele lembra que é preciso "pensar quanto o Brasil vai ganhar com isso (com um grande projeto de hidrovia). Aliás, quanto o cone sul vai ganhar". "O governo tem que ter uma visão geopolítica estratégica. Tem que enxergar longe", reforça.
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Imprensa SEESP