Para a captação de água de chuva a partir dos telhados, é necessário realizar um tratamento que pode ser simples ou complexo dependendo do uso que será dado a esta água e dos locais de captação, como condições do telhado e atividades do entorno da edificação. Podem existir nos telhados resíduos como fezes de animais, poeira, insetos, folhas e galhos de árvores, e esse material é potencialmente contaminante para a água coletada.
Em reportagem exibida no dia 29 de janeiro no Jornal da Record, o pesquisador do Centro Tecnológico do Ambiente Construído do IPT, Luciano Zanella, afirma que o tratamento mais simples a ser dado para a água de chuva antes do armazenamento é a separação e descarte da água da primeira chuva, responsável pela lavagem da atmosfera e dos contaminantes presentes na superfície dos telhados. “Recomenda-se o descarte de um litro de água para cada metro quadrado de área de telhado utilizado para captação, o que corresponde ao primeiro milímetro de precipitação. É também fortemente recomendada a filtragem dessa água, mesmo que de maneira simplificada, como a utilização de malha do tipo de coador de chá”, explica ele.
Como existe a possibilidade de a água de chuva apresentar algum tipo de contaminação, dependendo de como é feita a coleta, pode ocorrer a degradação da qualidade da água de chuva armazenada em tempo menor do que aquele relativo ao armazenamento da água obtida a partir da rede de abastecimento. Os usos mais convencionais dados a esta água são a descarga de bacias sanitárias, limpeza de pisos e veículos e rega de áreas verdes. Na ausência de água de qualidade superior, a água de chuva – desde que captada e tratada de forma adequada – pode ser utilizada para ingestão e preparo de alimentos. Neste caso recomenda-se a fervura por um tempo superior a cinco minutos para melhorar a segurança sanitária.
Confira a reportagem a seguir:
Fonte: IPT