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11/02/2015

Prefeitura desmente matéria da Veja sobre ciclovias de São Paulo

A edição desta semana da revista Veja São Paulo traz em sua capa uma chamada onde diz que “pagamos 650.000 reais por quilômetro de ciclovia”. A matéria cujo título é “O valor das pedaladas” diz ainda que o preço médio seria o mais alto entre dez metrópoles do mundo. Para se chegar a essa conclusão, os repórteres Aretha Yarak e Silas Colombo fizeram uma conta simples: somaram os 156 quilômetros de ciclovias já entregues pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) e dividiram pelo que já foi gasto com a iniciativa. Ignoraram, no entanto, que se tratam de projetos diferentes.


Foto: Fernando Pereira/Spresso SP
ciclovia spressoSP



Em nota de esclarecimento, a Prefeitura de São Paulo afirma que foram somados três orçamentos (Avenida Paulista, Amaral Gurgel e Faria Lima) ao custo do projeto de ciclovias. Segundo a nota, eles precisariam ter tido tratamento diferente porque abrangem intervenções urbanas que vão além da instalação da ciclovia. “Teria sido necessário extrair o custo específico para a ciclovia para chegar ao cálculo desejado pela reportagem. Tirando as três obras citadas, a implantação teve custo médio de R$ 180 mil por quilômetro, até o fim de 2014.”

As três obras englobam outros custos como correções geométricas viárias, , recapeamento das faixas de tráfego, tubulação enterrada para semáforo e iluminação ao longo do trajeto e paisagismo. No caso da Faria Lima, a ciclovia faz parte de uma Operação Urbana.

Para o cicloativista Willian Cruz, que mantém o site Vá de Bike, “a matéria da Veja foi construída para passar uma opinião”. “Para isso, utilizaram várias informações que já eram de conhecimento público, cortaram a parte que não lhes interessava, temperaram carregando nas tintas para dar o sabor desejado e serviram de forma a conduzir o raciocínio para o conceito no qual a matéria foi pautada: o de que o plano de ciclovias só serviria para desviar dinheiro.” Em artigo, ele explica todos os pontos da matéria, inclusive, que foi procurado pela reportagem, mas que suas falas não foram usadas.

Sobre a ciclovia na Paulista, ele destaca que há intervenções como a reforma das calçadas na Bernardino de Campos e a passagem de fibras óticas pelo subsolo do canteiro central. “É justo colocar o valor total da obra nessa conta, pra subir assim essa média? É correto usar essa média, que inclui projetos com intervenções mais amplas do que tradicionalmente é feito em outros países, para uma comparação com médias mundiais?”, questiona.

Na opinião de Cruz, há um movimento contrário às ciclovias na cidade que, segundo ele, “seria organizado e estruturado por políticos de oposição, com apoio dos editores de jornais e revistas tradicionais”. Porém, é preciso reforçar que “ciclovias salvam vidas”. Esse é o objetivo das ciclovias, proteger quem anda de bike.


Fonte: Spresso SP





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