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Encontra-se na Assembleia Legislativa de São Paulo projeto de lei que autoriza o governo do Estado a buscar linhas de crédito em bancos para financiar a construção do túnel submerso entre Santos e Guarujá. A expectativa é que, depois de superadas neste ano as etapas que preveem as licenças de instalação e de operação, as obras tenham início efetivamente em 2015.

Por enquanto, ainda não está definido o tipo de tráfego que circulará dentro do túnel, embora a Dersa, responsável pela construção, tenha deixado claro que a ligação será capaz de absorver também o tráfego de veículos pesados, o que poderá contribuir para diminuir a ocorrência de congestionamentos no trânsito em direção ao Porto de Santos.

Sabe-se de antemão que o túnel não tem prioridade econômica, mas facilitará a mobilidade urbana, pois seu objetivo é substituir o serviço de ferry boat na Ponta da Praia, em Santos, que está com a sua capacidade esgotada, não suportando o aumento da demanda – atualmente estimada em 20 mil pessoas por dia. E que o escoamento de cargas em direção à margem esquerda e aos terminais de Guarujá continuará a ser feito pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni, que vem recebendo melhorias por conta de investimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2).

Para que o túnel venha a absorver o tráfego pesado haverá necessidade de ampliação das áreas de circulação, com óbvios prejuízos à população dos dois municípios. Naturalmente, as duas prefeituras não deverão aceitar passivamente que os moradores que vivem nos bairros afetados venham a suportar os inconvenientes do das obras e, depois, da passagem do tráfego pesado.

A ideia no papel é que o tráfego pesado em direção ao Guarujá venha a ser contemplado com uma segunda ligação seca no bairro da Alemoa, longe da área urbana de Santos. Mas se a ideia de uma ligação seca entre Santos e Guarujá é discutida desde 1930, é de imaginar que, dificilmente, em dez anos, a região poderá dispor de dois túneis submersos.

Tudo é isso motivo de preocupação porque só se vê a Secretaria dos Portos (SEP) com o foco voltado para a ampliação do comércio exterior, com as obras de dragagem que vão facilitar a entrada de meganavios no canal de navegação. A estimativa, segundo a SEP, é que os arrendamentos de terminais apenas nos portos de Santos e do Pará provoquem um aumento de capacidade de 48 milhões de toneladas por ano, com investimentos estimados em R$ 3 bilhões.

Obviamente, ninguém é contra o aumento do comércio exterior. Pelo contrário. O que se questiona é se a infraestrutura portuária e logística – hoje, extremamente precária – irá acompanhar esse crescimento.


* Por Mauro Lourenço Dias, engenheiro eletrônico, é vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)






O SEESP foi convocado para reunião de conciliação no Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos Coletivos (NCC) do Tribunal Regional do Trabalho – 2.ª Região, referente à campanha salarial 2014 no Metrô. O encontro, que ocorre nesta segunda-feira (26/5), às 13h, foi agendado a partir de medida cautelar ajuizada pela companhia.

Em assembleia no dia 20 último, a categoria rejeitou a proposta econômica da empresa de reajuste salarial de 5,2% (IPC-Fipe), o mesmo índice para os vales refeição e alimentação e também para o auxílio-creche e o adicional motorista. E reafirmou que quer o reajuste correspondente à variação integral do maior dentre os seguintes índices, ICV do Dieese, IPC da Fipe, INPC do IBGE e IGPM da FGV, acumulado no período de 1 de maio de 2013 a 30 de abril de 2014, aumento real, entre outras reivindicações.

Assembleia
Os engenheiros do Metrô têm assembleia nesta terça-feira (27/5), às 18h30, na sede do SEESP (Rua Genebra, 25, Bela Vista), para avaliação e encaminhamentos da campanha.


 

Imprensa – SEESP










Os profissionais representados pelo SEESP se reúnem em assembleia, nesta terça-feira (27/5), às 9h, para avaliar a contraproposta salarial da Cetesb para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho de 2014. A assembleia será na sede da empresa, que fica a Avenida Frederico Hermann Jr., 345, Alto de Pinheiros, São Paulo.

A categoria discutirá, ainda, encaminhamentos e formas de luta com o objetivo de alcançar as reivindicações, havendo possibilidade, inclusive, de deflagração de movimento grevista e se declara a assembleia em caráter permanente até o final das negociações salariais.


 

Imprensa – SEESP










No segundo e último dia do Seminário de Integração Latino-americana dos Trabalhadores Universitários, nesta sexta-feira (23/5), da CNTU, os dirigentes sindicais José Divanilton Pereira da Silva, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do Brasil, e Fredy Franco, da Frente Nacional dos Trabalhadores (FNT) da Nicarágua, apresentaram como deve ser a integração do continente, não apenas levando em conta a parte comercial e econômica, mas sendo, também, complementária, solidária e cooperativa. “Só assim poderemos superar a desigualdade e a pobreza dos nossos povos”, conclamou Franco.


Fotos: Beatriz Arruda
Nicaragua Dirigente nicaraguense quer unidade que promova lutas solidárias e complementares


Silva reforçou, dizendo que a classe trabalhadora não quer qualquer integração, observando o próprio nome do Mercado Comum do Sul (Mercosul), cujo destaque é para a palavra “mercado”. “Em nosso ponto de vista, a nossa unidade deve ser popular, soberana e democrática e tem, por isso, outros pressupostos”, esclareceu. O primeiro deles, segundo o dirigente petroleiro, deve ser o da centralidade do trabalho, com a valorização da mão de obra, não apenas com salários melhores, mas com qualificação. Ele defendeu um protagonismo maior dos sindicatos de trabalhadores nas discussões da integração latino-americana e caribenha, mas também em outros organismos que têm se contraposto ao poder econômico e militar dos Estados Unidos, como é o caso dos BRICS (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que criou espaços para os empresários e as universidades. “Precisamos ter o nosso lugar também”, defendeu.

O sindicalista da FNT parabenizou a CNTU pela iniciativa de abrir a discussão da integração entre os profissionais liberais, uma ideia, lembrou, que vem desde o século XIX, com os revolucionários Augusto César Sandino (nicaranguense), Simón Bolívar (boliviano) e José de San Martín (argentino) e que, após a Segunda Guerra Mundial, foi retomada com algumas iniciativas, como o Sistema de Integração Centro-Americano (Sica) e a Comunidade Andina (CAN). Para ele, a América Latina vive um momento essencial para a institucionalidade de sua integração regional. Todavia, os trabalhadores devem se impor nesse debate para que tal unidade proporcione um fruto positivo “aos nossos povos”.

Em busca do terreno perdido
Por outro lado, apesar das condições atuais mais favoráveis à unidade, com governos progressistas à frente de vários países do continente, os Estados Unidos não estão vendo isso de forma tranquila, adverte Silva, avaliando que o “império estadunidense” tenta recuperar o terreno perdido. “Por isso, eles criam um ambiente político tenso, incerto e perigoso em três países em especial: Venezuela, Brasil e Argentina.” Ele aponta como estratégia fundamental para romper o círculo de subdesenvolvimento e atraso industrial e científico da região, capitaneado pela América do Norte, o fortalecimento de organismos de unidade política e econômica dos países latino-americanos, elevando a integração do continente a uma categoria de doutrina.


FUPSilva, da FUP, adverte para ambientes tensos e perigosos patrocinados pelos EUA
em países latino-americano, como Brasil, Venezuela e Argentina


Nesse sentido, ele rechaça a ideia de alguns tratados comerciais, como a Área de Livre Comércio da América (Alca), um projeto norte-americano que, a pretexto de criar uma zona de livre comércio entre os países do continente, criava um tipo de “anexação” das nações menos desenvolvidas às regras econômicas daquele país. A posição é reforçada por Franco que observa o atraso instalado na região, a partir dos anos 1980, com a instalação de governos neoliberais, deixando os países latino-americanos e caribenhos ainda mais desiguais e vulneráveis, promovendo uma privatização predatória e deixando-os fora da revolução técnico-científica. Realidade que começou a mudar com a ascensão de governos progressistas, ressalta, destacando que os nossos países têm a oportunidade de implantar um desenvolvimento inclusivo, respeitando a natureza, as populações indígenas, os afro descendentes, as mulheres e as crianças. “Só unidos podemos avançar e acabar com tanta desigualdade e simetria no nosso continente”, exultou.

A unidade, todavia, ressalta Franco, deve começar dentro dos próprios países, superando a fragmentação interna que se dá no meio sindical, por exemplo. “Devemos trabalhar para a unidade nacional, regional e continental e buscarmos temas comuns que nos unifiquem, como a defesa do salário mínimo, da seguridade social e do tripartismo (governo, empresários e trabalhadores) em todas as grandes discussões.”

Democratizar a comunicação
Outro ponto definido como fundamental à integração pelo dirigente nicaraguense é o da democratização dos meios de comunicação, “precisamos nos conhecer melhor e sabermos mais das nossas lutas e avanços”, observou. Tal situação não é possível no momento, avalia, porque a informação da imprensa dos países latino-americanos “tem alto nível de manipulação e mentira”.

Os trabalhos dessa mesa de debate foram coordenados pelo diretor da Federação Nacional dos Engenheiros, José Ailton Ferreira Pacheco. Confira aqui mais fotos dessa discussão.


 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP











A integração latino-americana se dá numa configuração internacional muito violenta e instável, composta pela crise econômica, que já dura seis anos, o deslocamento do capital e a disputa de poder entre os Estados Unidos e a China. A observação é do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, palestrante do primeiro painel do seminário da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), “Integração Latino-americana dos trabalhadores universitários”, na manhã desta quinta-feira (22/5), na sede do SEESP, na Capital paulista, que abordou o cenário geopolítico da América Latina e do mundo.


Foto: Beatriz Arruda
Samuel CNTU Embaixador Guimarães advertiu que os países com governos progressistas da
América Latina estão sob ataque permanente. Confira aqui mais fotos do seminário


“A situação para os países em desenvolvimento é muito difícil por conta da crise econômica iniciada em 2008 e que se prolongará no tempo”, observa Guimarães, esclarecendo que todos os países latino-americanos estão nessa posição. Ele lembra que a crise não afetou igualmente empresários da indústria e do sistema financeiro e trabalhadores, sendo que os primeiros, ao contrário do que se diz, saíram muito fortalecidos. “Os trabalhadores são os maiores afetados e prejudicados.”

Um pouco antes de 2008, vários países do continente viram ascender, pela via democrática, governos progressistas, como Argentina, Chile, Uruguai, Brasil, Bolívia, Equador, Venezuela e alguns da América Central, que implantaram políticas sociais de transferência de renda e investiram na recuperação de suas infraestruturas físicas e no desenvolvimento industrial e econômico. “Aí veio a crise e o fenômeno China”, ressalta, criando um novo tensionamento no mundo, com o capital fazendo um grande deslocamento em direção ao país asiático. “Para a empresa não importa fechar uma unidade na Itália e reabri-la em outro país, porque o desemprego e o problema social criados ficam para o governo.”

Nesse sentido, se cria uma disputa mundial, onde os Estados Unidos, cita o embaixador, sentindo o desafio chinês, vai reorientar sua política àquele continente, reforçando, por exemplo, suas relações com o Japão e a Austrália e outros países da Ásia central. Essa é a natureza política da questão, por isso, Pinheiro lembra que os EUA mantêm, no mundo, seis comandos militares, sendo que o do Pacífico, situado em volta da China, tem 325 mil homens, 180 navios e mais de mil aviões ultramodernos de combate.

Ao mesmo tempo, o governo estadunidense impõe ao mundo um “regime” de intervenções para mudar governos eleitos, não mais com a força militar direta, mas insuflando movimentos oposicionistas, como são os casos da Venezuela e Ucrânia, no momento. Mas também fazem isso, observa, com os demais governos progressistas latino-americanos, com a conivência da imprensa comercial. “Todos estão em maior ou menor ataque como esse, atualmente. Fazem isso direto com o governo argentino”, critica.

América Latina em disputa
Dentro deste quadro internacional, os países do nosso continente estão em permanente disputa econômica, observa Pinheiro. De um lado, é a política do estado mínimo, da privatização e desregulamentação de tudo, deixando ao mercado a regulação da economia e a criação do emprego e riqueza "para todos", ironiza, acrescentando, na mesma linha, "que se não gerar azar, o que é que vai fazer. É o que estão dizendo lá na Grécia”. Já adotaram essa condução, segundo o embaixador, todos os países da América Central, Peru, México, Colômbia, Chile e República Dominicana. “Todos assinaram acordos de livre comércio com os Estados Unidos”, afirma.

Na outra ponta, prossegue no seu raciocínio, está a política onde o Estado é importante na promoção do desenvolvimento econômico, regulamentando as atividades, reduzindo as desigualdades sociais e regionais, investindo na infraestrutura e promovendo o comércio exterior, aqui estão Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Venezuela e Equador.

Riscos ao Mercosul
Sobre o Mercado Comum do Sul (Mercosul), Pinheiro diz que ele corre sérios riscos com a negociação de um acordo de livre comércio com a União Europeia, em bases ainda pouco esclarecidas, segundo ele. Para o diplomata, esse acordo – “que está sendo propulsionado pelo governo brasileiro” – é um equívoco extraordinário, pois estabelecerá zero das tarifas alfandegárias, reduzindo totalmente a proteção à atividade produtiva instalada no Brasil. “Esses acordos tratam, também, de investimento, de propriedade intelectual, de serviços e de compras governamentais”, alertou.

Ele não tem dúvida que esse tipo de tratado afetará diretamente a economia do País, a engenharia e a indústria brasileiras, com grande impacto, inclusive, nos trabalhadores de formação universitária. À assinatura desse acordo, adverte, poderão ocorrer mais tratados nessa perspectiva entre outros países do continente e os Estados Unidos.

Raça cósmica
À abertura do seminário, o presidente da CNTU, Murilo Celso de Campos Pinheiro, exultou a importância do evento como forma de estabelecer laços importantes entre os trabalhadores dos países da América Latina, discutindo propostas e reivindicações comuns para o fortalecimento não apenas das categorias profissionais dessas nações, mas também para garantir sociedades mais justas e democráticas. A vice-presidente Gilda Almeida, uma das coordenadoras do evento, juntamente com Welington Mello, ressaltou que os trabalhadores desses países precisam ter mais voz ativa nas discussões de integração econômica, com o propósito de também apresentar suas ideias. “Precisamos nos empoderar do tema da integração”, conclamou.

O consultor sindical João Guilherme Vargas Netto lembrou que, na Revolução Mexicana, de 1910, com toda a tragédia que ela conteve, emergiu um grande intelectual, José Vasconcelos, pouco conhecido entre os brasileiros, que teve uma trajetória de vida muito acidentada, apoiando o franquismo na Espanha, “porém, na sua vitalidade inicial, como ministro da educação da revolução mexicana, tentou difundir a ideia, em nosso continente, da raça cósmica, aquela que encarna o mundo e que desenvolve ideias de futuro e de transcendência de valores”. Ao mesmo tempo, Netto lembrou que nós, brasileiros, criamos o Darcy Ribeiro, na toada de Vasconcelos, que formulou o conceito de “Roma tropical”, envolvendo os povos do continente latino-americano. “A CNTU vem agora praticar essa transcendência e resgatar esses valores.”

Confira aqui a programação do seminário que termina nesta sexta-feira, 23. O evento está tendo transmissão online ao vivo neste link.


 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP










O Projeto Empreendedor do Futuro é uma ação conjunta entre a Faculdade de Tecnologia (Fatec) e a Escola Técnica Estadual (Etec) de Lins, Centro Universitário Unilins, Centro Universitário Salesiano de Lins e Agência de Desenvolvimento Tecnológico e Econômico de Lins (Adetec), com o apoio da Delegacia Sindical do SEESP de Lins. Uma de suas principais ações é a realização do Concurso de Modelo de Negócios, cujo objetivo é fomentar o espírito inovador e empreendedor em jovens estudantes de cursos de graduação, cursos técnicos e cursos profissionalizantes e, como consequência, o despertar de novas vocações e negócios para nossa região.

O Concurso oferece, ainda, aos projetos mais bem classificados, a oportunidade de passar pelo processo de pré-incubação na Incubadora de Empresas de Lins, motivando os alunos participantes a iniciar seu primeiro empreendimento.

 


Imprensa – SEESP
Com informação da Delegacia Sindical de Lins









Instalado no Parque Tecnológico de São José dos Campos, o Laboratório de Estruturas Leves do IPT (LEL), realizou, na terça-feira (20/5), o II Workshop de Materiais Leves e Compósitos para Aplicações Industriais. Segundo o responsável pelo LEL, Hugo Borelli Resende, o objetivo do encontro técnico foi disseminar o conhecimento no desenvolvimento de estruturas leves, mostrando tendências e trabalhos de pesquisa em andamento. O público-alvo foram pesquisadores e engenheiros de empresas e institutos de pesquisa, além de professores e alunos de pós-graduação de universidades.

Os temas das palestras, conforme explicou Resende, foram concentrados em duas grandes áreas. “Foram apresentados novos desenvolvimentos em estruturas leves para componentes aeronáuticos como ligas de alumínio, compósitos e materiais híbridos, e discutidos os desafios para desenvolver estruturas de compósitos em escala industrial, com ênfase na redução de custos, ciclos de produção e tecnologias para automação e eficiência de processos”.

Para ele, as perspectivas a partir de eventos técnicos como este são relevantes para a academia e empresas, estimulando e orientando pesquisas de ponta.


 

Imprensa – SEESP
Informação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)










A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) participou, na manhã desta quarta-feira (21/5), de audiência pública promovida pela Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado sobre problemas na capacitação técnica no País. Representando a entidade na discussão, o diretor Antonio Florentino de Souza Filho lembrou a necessidade de se garantir remuneração adequada aos profissionais, com o cumprimento da Lei 4.950-A/66, que estabelece o piso de nove salários mínimos para a categoria.  “Falta valorização profissional e pagam-se salários pífios. No Nordeste, paga-se R$ 1.500 a um engenheiro no serviço público”, denunciou.


Florentino FNE 2
Florentino, diretor da FNE, na audiência da Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta quarta (21)


Florentino lembrou que após o período de mais de duas décadas de estagnação econômica e falta de investimentos em infraestrutura, houve certo desmonte da engenharia no País e muitos profissionais migraram para outras áreas, como a financeira. Além disso, os estudantes do ensino médio perderam o interesse na carreira devido à falta de perspectivas futuras. “Quando aconteceu a retomada do processo de desenvolvimento, deparamo-nos com essa dificuldade.” Na opinião do dirigente, para superá-la agora é necessário dar condições de a mão de obra disponível no Brasil atuar. Nesse sentido, além do salário, são necessárias qualificação e boas condições de trabalho.

O diretor da federação apresentou à comissão, como proposta para garantir quadros técnicos ao País, a implementação da carreira pública de Estado para engenheiros, por meio da aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 13/2013. A proposição hoje se encontra à espera de votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, já tendo parecer favorável do senador Romero Jucá (PMDB/RR). Outra medida importante apontada por ele foi a implementação efetiva da Lei  11.888/2008, que garante assistência técnica gratuita à população de baixa renda.

Participaram ainda da audiência o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, e o diretor executivo do órgão, Tarcísio Gomes de Freitas; e o ex-presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Wilson Lang.

Cresce Brasil e Isitec
Durante a audiência, Florentino aproveitou para apresentar o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela FNE em 2006 e que desde então coloca como condição essencial à expansão econômica a garantia de mão de obra especializada no País. O estudo defende que o Brasil forme 60 mil engenheiros por ano. Outra iniciativa da entidade é o apoio à criação do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), em São Paulo, que oferecerá em 2015 o primeiro curso de graduação em Engenharia de Inovação do País.

Assista ao vídeo com a participação do diretor da FNE, Florentino:


 

Rita Casaro
Imprensa – SEESP
Foto da home de José Cruz/Agência Senado 









O Relatório sobre as Estimativas Econômicas Globais do Trabalho Forçado, apresentado, no dia 20, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, indica que o trabalho forçado, na economia privada, gera cerca de US$ 150 bilhões de lucro por ano. A maior parte desse montante (US$ 99 bilhões) vem da exploração sexual em caráter comercial. O terço restante vem de setores como a agropecuária, o extrativismo, a indústria, o comércio e o trabalho doméstico.

O presidente do TST, ministro Barros Levanhagen, a diretora do Escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, e autoridades nacionais e internacionais participaram da apresentação do relatório, que pela primeira vez analisou o problema sob a perspectiva econômica. Leia aqui a síntese do relatório.

Efetividade
Levenhagen defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 57-A/1999, conhecida como PEC do Trabalho Escravo, que altera o artigo 243 da Constituição Federal para permitir a expropriação de propriedades rurais ou urbanas em que for comprovada a exploração de trabalho escravo, sem qualquer indenização ao proprietário. Para ele, não basta a garantia constitucional do trabalho digno. "Temos que tornar a legislação efetiva", afirmou.

O ministro ressaltou que o Judiciário tem dado sua contribuição ao julgar questões de empregadores que insistem em se utilizar do trabalho forçado.  "Infelizmente, em pleno século XXI, o Trabalho Forçado ainda é uma realidade no Brasil, embora a escravidão tenha sido abolida há mais de 125 anos".

Exemplo brasileiro
Abramo enfatizou o reconhecimento pela OIT de que as práticas brasileiras contra o Trabalho Forçado são das mais eficazes no mundo. Ao "ter a coragem" de reconhecer o problema, em 1995, o Brasil deu um importante passo, pois "superou a atitude de tentar ‘esconder a sujeira debaixo do tapete', como alguns países ainda insistem em fazer". Os números revelados no relatório sobre os lucros gerados pela prática criminosa de submeter pessoas ao Trabalho Forçado evidencia ainda mais, segundo ela, a gravidade do problema.

A diretora da OIT no país enumerou uma série de ações promovidas pelo Brasil em combate ao trabalho escravo, como planos nacionais, grupos móveis de fiscalização, cadastros de entidades flagradas e avanços legislativos, que poderão ser disseminadas pelo mundo. "O trabalho forçado, ao lado do trabalho infantil, é a antítese maior do trabalho decente", destacou. "Ele não ocorre apenas nos países pobres ou em desenvolvimento, ou na economia formal: essa atividade faz parte das cadeias produtivas nacionais e multinacionais, sendo extremamente lucrativa. O combate a esse mal exige forte compromisso político."

O secretário Paulo Sérgio de Almeida, representando o ministro do Trabalho e Emprego, falou da importância do estudo desenvolvido pela OIT, pois as formas de trabalho forçado têm mudado e é necessário identificá-las. "Hoje sabemos que o trabalho escravo não é só eminentemente rural, mas também ocorre nas cidades. Em 2013, para se ter uma ideia, pela ação do MTE houve mais resgates, pela primeira vez, no meio urbano do que no rural."


 

Imprensa – SEESP
Com informação do Notícias do TST










A participação do movimento sindical no fortalecimento da região e maior incidência na defesa de seus interesses internacionalmente é tema de seminário que a CNTU promove nesta quinta e sexta-feira (dias 22 e 23), na sede do SEESP, na Capital paulista (Rua Genebra, 25, Bela Vista). Esse envolvimento dos trabalhadores é essencial, na visão da confederação, para a integração latino-americana como processo fundamental para que os países da região tenham maior autonomia no cenário internacional e possam defender a sua soberania. Nesse sentido, a CNTU propõe o debate sobre integração dos trabalhadores de formação universitária, cujos desafios e dificuldades precisam também ser enfrentados com a aliança natural que deve haver entre os povos da região.

A programação começa às 9h de quinta-feira (22), com abertura oficial seguida de palestra, às 10h, do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães sobre O cenário geopolítico da América Latina e do mundo. A tarde terá participação do representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Felix Rígoli, sobre  O processo de integração política e econômica da América Latina e os blocos econômicos, e das professoras  Maria Helena Machado,  da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e Débora Gribov Novogrebelsky, da Associação de Docentes Universitários do Uruguai (Adur), às 16h, sobre  Livre trânsito e imigração.

A integração latino-americana sob a ótica sindical e dos trabalhadores abrirá os debates de sexta-feira (23), com palestra, às 9h, do dirigente da Frente Nacional dos  Trabalhadores (FNT) da Nicarágua, Fredy Franco e do dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Divanilton Pereira da Silva. A integração do ponto de vista dos trabalhadores universitários será debatida à tarde, pelo representante do Plenário Intersindical de Trabalhadores e da Convenção Nacional de Trabalhadores (PIT-CNT) junto ao Mercosul, do Uruguai, José Luis Porto Carrasco, e pelo professor da Universidade de Brasília (UnB), Leonardo Cavalcanti.

Também é possível acompanhar o seminário online neste link.


 

Imprensa – SEESP
Informação da CNTU









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