O curso de engenharia de produção mecânica une os conhecimentos da engenharia mecânica com os de produção. "A atuação envolve tanto a produção, mais voltada ao controle e supervisão, quanto a área de desenvolvimento de peças e máquinas", diz o aluno do sétimo semestre da Universidade Paulista (Unip), Charles Albuquerque da Silva. Ele escolheu essa graduação por ela ter, de acordo com ele, grande campo de atuação e por seus profissionais serem muito procurados.
A demanda é confirmada pelo coordenador do curso da Unip, Maurício Correa. "Segundo dados da Federação Nacional dos Engenheiros, em 2015 o Brasil necessitará de 300 mil novos profissionais de todas as áreas. Hoje, são graduados 38 mil engenheiros por ano. Para suprir a necessidade seria preciso formar 60 mil engenheiros a cada ano. Logo, o mercado é absolutamente promissor", alega.
Segundo o coordenador, esse profissional é capacitado a atuar em indústrias mecânicas, elétricas, eletrônicas, químicas, farmacêuticas e em empresas de prestação de serviços como bancos, seguradoras e hospitais. "O campo de trabalho é bom, tendo em vista que a globalização da economia implica em maior demanda por esse profissional, com a finalidade de reduzir custos e aumentar a produtividade, melhorando a qualidade e a competitividade dos produtos e serviços."
Correa diz que a graduação procura formar profissionais com domínio do raciocínio lógico dedutivo da matemática e da física aplicada, associado aos conhecimentos de engenharia de produção mecânica em suas mais diversas áreas, como otimização dos processos de produção, racionalização de métodos, processos e sistemas.
Tais habilidades estão sendo colocadas em prática por Silva, que há um ano faz estágio na área de engenharia de manutenção da Dormer Tools, fabricante de brocas de aço de alto desempenho para processos de usinagem. Silva conta que existe a possibilidade de efetivação e que o seu contrato de dois anos possibilita que ele tenha experiência em duas áreas. "Depois, a empresa define em qual delas me encaixo."
Silva diz que muitas empresas têm treinado os estudantes de engenharia em suas áreas de interesse. Dessa forma, quando eles terminam a faculdade, já estão preparados para ser contratados.
Para conquistar a vaga, o estudante realizou uma prova, fez redação em português e em inglês, e entrevistas com gestores da área de RH. "Foi uma seleção bem rigorosa, só havia uma vaga e concorri com alunos de várias universidades." Segundo o professor, o curso tem estágio obrigatório de 540 horas e é recomendado para quem tem capacidade de desenvolver e absorver novas tecnologias. "O profissional trabalha a maior parte do tempo em integração de sistemas que demandam a integração de diferentes equipes de trabalho."
Correa afirma que, após a consolidação da carreira, os ganhos giram em torno de R$ 12 mil, para posições de engenharia. "Mas, se evoluir dentro das organizações, pode ocupar posições gerenciais em que os salário chegam a R$ 35 mil."
Fonte: O Estado de S.Paulo – por Cris Olivette
Empresas do setor de frigoríficos, atividade econômica que está entre as que geram acidentes do trabalho e doenças ocupacionais no Brasil, vêm atuando no Congresso Nacional para alterar o artigo 253 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), diminuindo a proteção à saúde e segurança dos trabalhadores.
Essa é a avaliação do procurador do Trabalho Heiler Natali, gerente nacional do Projeto de Adequação das Condições de Trabalho em Frigoríficos, do Ministério Público do Trabalho, que participou, no dia 22 último, de audiência pública na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, da Câmara dos Deputados, sobre o projeto de Lei 2.363/11, do deputado federal Silvio Costa (PTB-PE). O PL limita o direito a intervalos durante o trabalho. Natali lamenta que as medidas previstas na, recentemente lançada, Norma Regulamentadora 36 do Ministério do Trabalho e Emprego (que envolve o setor) nem foram implementadas ainda, mas ações que podem reduzir os seus efeitos continuam em curso.
Blog do Sakamoto - Por que esse projeto é danoso aos trabalhadores?
Natali - O artigo 253 da CLT prevê intervalos de 20 minutos a cada 1h40 de trabalho em ambientes frios. A súmula 438 do Tribunal Superior do Trabalho pacificou o entendimento de que essas pausas devem ser asseguradas em todos os ambientes artificialmente frios. O projeto de lei em questão limita o direito desse intervalo a quem trabalha em ambientes abaixo de 4ºC, desconsiderando centenas de milhares de pessoas que trabalham em temperaturas de 10 ou 12ºC. Se essas pausas para recuperação térmica, a saúde essas pessoas será prejudicada.
Prejudicada como?
O frio, e aqui é importante esclarecer que estamos falando de frio em temperaturas já abaixo de 16ºC, conforme estudos publicados, inclusive pela Organização Internacional do Trabalho, provoca alterações capazes de levar à redução da destreza e ao enrijecimento dos músculos. A exposição ao frio é apontada como fator que contribui e agrava a incidência de disturbios osteomusculares. No Brasil, esse fato é reconhecido, inclusive, pelo INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]. Isso sem contar doenças respiratórias, transtornos mentais, entre outros problemas. Importante lembrar que o trabalho em frigoríficos expõe os trabalhadores a muitos agentes de risco além do frio, como o ritmo intenso, ruído, umidade, posturas inadequadas, movimentação de cargas. Portanto a sociedade, o setor público e as empresas deveriam ampliar as medidas de proteção à saúde e não atuar em sentido absolutamente contrário.
Isso foi discutido durante a audiência pública na Câmara?
A audiência pública proporcionou a abordagem técnica do tema por parte da Fundacentro [instituição do governo federal que atua em pesquisa sobre a saúde e segurança do trabalhador], do Ministério do Trabalho e Emprego, do Ministério Público do Trabalho e de representantes das empresas. Infelizmente, o que se pode perceber, é o menosprezo do autor do projeto em relação à Justiça do Trabalho, que ele propôs extinguir porque ela tem assegurado a interpretação da lei em conformidade com os princípios básicos de proteção à saúde garantidos por nossa Constituição.
A nova nova regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego, que trata das condições de trabalho em frigoríficos, não acabou de ser aprovada? É necessária uma nova mexida na legislação?
A NR 36 foi publicada em 19 de abril e prevê prazos para implementação gradual das medidas. Algumas têm prazo de até 24 meses para a sua implementação. É lamentável que as empresas, que nem instituíram ainda as medidas previstas, já vêm atuando na redução de importantes normas de proteção à saúde dos trabalhadores. Conclui-se, assim, que as empresas do setor não têm a intenção em adequar o meio ambiente de trabalho, limitando-se a focar exclusivamente em aspectos financeiros e não de garantia da vida digna e do trabalho decente – preceitos constitucionais que não podem ser sobrepor ao desejo incessante de lucro. O setor frigorífico no Brasil tem crescido em ritmo de país asiático, nos últimos anos, e em 2013 não será diferente, mesmo com o incremento extraordinário do preço dos insumos ocorrido no ano passado, que prejudicaram o desempenho do setor neste ano. Por essa razão, não há sequer um pretexto de ordem econômica capaz de sustentar moralmente esse projeto.
Qual o tamanho do problema?
Estima-se que, no mínimo, 20% dos empregados em frigoríficos estão acometidos de distúrbios osteomusculares relacionais ao trabalho. Incluindo-se os transtornos mentais, os dados são ainda mais expressivos. Em inspeção realizada pelo Ministério Público do Trabalho no maior estabelecimento do país, com 8 mil empregados, comprovou-se que a cada mês ocorria cerca de mil afastamentos por distúrbios osteomusculares. Estudos apontam que os empregados que trabalham na movimentaçao de cargas para dentro e fora de câmaras frigoríficas com até 4ºC apresentaram temperaturas das mãos superiores às daqueles que trabalham nas salas de corte (que estão expostos a 10º, 12º C), uma vez que não se expõem de forma contínua ao frio, ainda que este seja mais intenso. O MPT chegou às mesmas conclusões nas medições que realizou nas extremidades das mãos de empregados das salas de corte (10 a 12ºC) e de câmaras frigoríficos (abaixo de 4ºC). Dados epidemiológicos extraídos do banco de dados do INSS demonstram que há 426% mais doenças dos tecidos moles (tendinite, tenossinovite, bursite, dentre outros) e 341% a mais de transtornos mentais do que em outros setores.
O que o Ministério Público do Trabalho pretende fazer?
Esperamos sensibilizar os membros do Congresso Nacional quanto à importância da manutenção de medidas de proteção à saúde dos empregados em frigoríficos e continuaremos atuando de forma rigorosa na adequação desse meio ambiente de trabalho. Temos que dar visibilidade ainda maior a qualquer tentativa de prevaricação da saúde dos empregados em frigoríficos.
Fonte: Blog do Sakamoto
A CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) lançou nesta sexta-feira (24/05), na capital paulista, a campanha “Brasil 2022 – Um projeto para o Bicentenário da Independência” juntamente com a segunda edição da revista “Brasil Inteligente”. O presidente da CNTU e da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), Murilo Celso de Campos Pinheiro, destacou o engajamento dos profissionais liberais na discussão das principais questões nacionais e parabenizou toda a equipe que ajudou na elaboração da publicação. “Juntemos forças para fazer desta confederação não só a maior e melhor do País, mas a mais presente nos grandes debates por um Brasil mais justo e democrático”, ressaltou.
* Veja aqui as fotos da abertura do evento
Nesse sentido, o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) parabenizou a CNTU por propor essa reflexão sobre o futuro do País, ao lançar esse “desafiador convite de discutir um projeto e ter a sabedoria de usar a data de referência de 2022, como algo simbólico e marcante de uma emancipação nossa enquanto Nação”. O parlamentar destacou, ainda, o acerto dos temas escolhidos pela entidade para a elaboração, nos próximos dez anos, desse projeto. São eles: sistema nacional de educação continuada dos profissionais universitários; qualidade na saúde; uso racional de medicamentos; reabilitação bucal para inclusão social; mobilidade urbana; alimentação saudável e contra o uso abusivo de agrotóxicos; implantação da internet pública; e mais ciência, tecnologia e inovação na Amazônia.
Vocação para campanhas
Allen Habert [foto ao lado], diretor de Articulação Nacional da CNTU, lembrou várias campanhas que reuniram e motivaram a sociedade brasileira e que proporcionaram grandes saltos de desenvolvimento, como a do “Petróleo é nosso”, de 1947, que culminou com a criação da Petrobras, em 3 de outubro de 1953. “Ela nos deu a independência energética e hoje é a quinta maior companhia do setor, no mundo”, observou. Outros grandes movimentos, ainda segundo Habert, até os dias de hoje, foram a campanha pela universidade pública e gratuita, em 1960; pela anistia política, em 1979; pela eleição direta para presidente da República, a “Diretas-já!”, em 1984; contra a fome, em 1994, liderada pelo sociólogo Betinho. Já no século XXI, o dirigente inscreve como grandes marcos brasileiros, o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 pela FNE, e a campanha “Brasil Inteligente”, da CNTU, apresentada em 2012.
Habert explica que o projeto “Brasil 2022” pretende ajudar a completar a Independência nacional, iniciada em 1822, resolvendo um grande problema que é a batalha do conhecimento e do saber. “Isso fecha a nossa Independência, ou seja, horizontalizar o conhecimento para todos os brasileiros, para todos os 12 milhões de profissionais universitários. Essa virada que estamos propondo para 2022 é totalmente viável, podemos ser os criadores desse futuro. Temos a missão de transformar cada trabalhador num pensador, dentro da empresa, da comunidade, da família. Uma sociedade do conhecimento para poder acelerar, turbinar o desenvolvimento do País.”
A solenidade de abertura do evento, na manhã desta sexta-feira, no auditório do SEESP, foi prestigiada, ainda, pelo vereador paulistano Gilberto Natalini (PV), pelo presidente da FIO (Federação Interestadual dos Odontologistas), Welington Moreira Mello, pelo vice-presidente da Fenafar (Federação Nacional dos Farmacêuticos), Rilke Novato Públio, pelo presidente da Fenam (Federação Nacional dos Médicos), Geraldo Ferreira Filho, pelo diretor do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Claudio Costa Manso, e pela presidente do Sindicato dos Nutricionistas no Estado de Pernambuco, Zaida Maria de Albuquerque Mello Diniz.
A 4ª Jornada da Campanha Brasil Inteligente teve a seguinte programação:
10h30 “A Independência já conquistada e a nação por construir”
CLEMENTE GANZ LÚCIO, diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)
12h30 Intervalo
14h “As profissões e as perspectivas do trabalho”
MARCIO POCHMANN, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)
e presidente da Fundação Perseu Abramo
16h Posse dos novos membros do Conselho Consultivo da CNTU
2ª Plenária do Conselho Consultivo: Debate sobre o projeto CNTU Brasil 2022
17h40 Coffee break
18h Apresentação teatral
“Gandhi, um líder servidor”, por João Signorelli
19h10 Coquetel
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa - SEESP
Disponiblizar Wi-Fi nas árvores é o projeto dos jovens publicitários Pedro Sperandio Chamme e Rodrigo Augusto Sganzerla. A proposta é levar o sinal para reconectar a população à vegetação nativa da cidade.
O projeto “Centenárias Wi-Fi” foi vencedor do Leão Verde Social, um concurso promovido pela agência de propaganda nova/sb, que dará como prêmio uma viagem para o Festival Internacional de Criatividade de Cannes 2013 e um troféu desenhado pelos irmãos Campana.
A dupla associou a internet ao lazer e ao prazer de se sentar próximo a parques, desfrutando da sombra das vegetações. Isso significa retomar uma prática que hoje está esquecida. Eles acreditam que a ideia levará as pessoas a ficarem mais próximas das árvores centenárias.
Para utilizar o serviço, os usuários deverão compartilhar o projeto e causas parceiras. Outra opção é adotar uma árvore, como as do projeto: Adote uma Árvore ou SOS Mata Atlântica. Nesse último caso, a cada cem árvores adotadas, uma nova espécie centenária e com conexão será plantada. “Assim, quanto mais pessoas participando, mais árvores e mais internet. Além de entregar novas centenárias para as gerações futuras”, ressalta o projeto.
Foram inscritas 596 pessoas no concurso Leão Verde Social. Os projetos deveriam propor ideias para melhorar a vida nas cidades grandes. Os candidatos podiam escolher entre temas como lixo, trânsito, poluição, saúde, alimentação, educação, convivência, cultura, qualidade de vida, segurança, entre outros.
O projeto “Centenárias Wi-Fi” pode ser adotado por empresas, prefeituras, governos ou ONGs.
Fonte: Redação CicloVivo
Em assembleia geral extraordinária, realizada na quinta-feira (23/05), os engenheiros aprovaram e o SEESP assinou o Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014, que contempla os seguintes itens:
• Reajuste salarial de 5,91%, acrescido de 1% de aumento real/produtividade, totalizando 6,97%, estendido às demais cláusulas econômicas, exceto o vale-refeição;
• vale-refeição corrigido em 15%, correspondendo ao valor de R$ 23,00/dia (22 unidades mensais);
• implantação do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários), entre agosto e dezembro de 2013, com adequações salariais, sendo no mínimo1% de aumento para todos os empregados e o pagamento do piso salarial dos engenheiros;
• pagamento da metade do 13º salário a todos os empregados no dia 20 de janeiro de cada ano, independentemente se as férias estão programadas para janeiro;
• substituição da cesta básica, a partir de agosto de 2014, por um cartão vale-alimentação no valor de R$ 100,00 por mês;
• manutenção do PPR (Programa de Participação nos Resultados) para o ano de 2013, com garantia de pagamento mínimo de R$ 3.300,00.
O pagamento do salário reajustado ocorrerá no dia 31 de maio de 2013 junto com as diferenças retroativas a 1º de março último, data-base da categoria.
Fonte: Ação Sindical do SEESP
Reunidos em Assembleia Geral Extraordinária na quinta-feira (23/05), na sede do SEESP, os engenheiros do Metrô rejeitaram as contrapropostas apresentadas às reivindicações da categoria e, por unanimidade, decidiram pela paralisação a partir do dia 28 de maio, próxima terça-feira.
Além de apresentar como proposta de reposição de salário e benefícios o IPC-Fipe (o menor de todos os índices) de 5,37%, a empresa mantém-se irredutível em não conceder aumento real e a pagar o salário normativo dos engenheiros, como determina a Lei 4.950-A/66. Ou seja, propõe-se apenas a reajustar os engenheiros que recebem o piso por aquele índice, enquanto o seu valor, pela lei, deve ser de nove salários mínimos.
Não obstante, como é do conhecimento de todos, os custos dos alimentos e alimentação fora do domicílio tenham subido muito acima do índice proposto, a empresa mantém-se intransigente no percentual apresentado.
Dessa forma, não restou alternativa, que não a paralisação para forçar a empresa a retomar o processo de negociação com a categoria em patamar condizente com o respeito que os engenheiros do Metrô merecem ser tratados em suas justas reivindicações.
Todos à assembleia
Na próxima segunda-feira (27/05), 19h, na sede do SEESP (Rua Genebra, 25, Bela Vista, SP), realizaremos nova assembleia para analisarmos e deliberarmos sobre eventuais mudanças do quadro ou para referendar a decisão da nossa assembleia anterior.
Nesse sentido, cabe ressaltar, que reiteramos aos representantes da empresa a nossa disposição de negociação, bem como que continuaremos abertos e fazendo gestão para a sua retomada.
É importante a mobilização e a presença de todos à Assembleia, fortalecendo o nosso movimento, pois só com unidade e determinação vamos alcançar melhores resultados nas negociações salariais.
Fonte: Ação Sindical do SEESP
Não se trata de implicância, mas os números mostram que a situação de apagão logístico que vive o Porto de Santos, em função da supersafra de grãos e açúcar, deu-se em grande parte por causa da ineficiência dos gestores públicos para aplicar os recursos disponíveis no Orçamento da União. Ou seja, se a burocracia brasileira fosse mais ágil nas intervenções de interesse da economia nacional, provavelmente o Porto de Santos não teria passado pelos apuros dos últimos meses.
À falta de dados mais recentes, basta ver que de 2002 a 2011 o complexo portuário santista deixou de receber R$ 1,3 bilhão que estiveram consignados em nome da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para investimentos em infraestrutura portuária. Desses recursos, a estatal só conseguiu utilizar R$ 356 milhões, ou seja, 26%. É muito pouco.
Tivesse tido agilidade para aplicar aqueles recursos disponíveis, o Porto já teria finalizado a construção das avenidas perimetrais tanto na margem direita como na esquerda, concluído o projeto Mergulhão, que vai segregar o fluxo de caminhões dos trens de carga na margem direita e ainda financiado uma ligação seca – que tanto poderia ter sido uma ponte como um túnel submerso – que unisse as duas margens para o uso prioritário de veículos de carga.
Dessas obras projetadas, apenas a construção das avenidas perimetrais está bem encaminhada e com conclusão prevista para 2015. As demais nem saíram do papel e continuam nos chamados fóruns de discussão. E, no entanto, graças a investimentos privados, o que se prevê é que o Porto de Santos terá sua capacidade duplicada até o final deste ano de 2013.
Ou seja, se em 2011 Santos tinha capacidade de movimentar 3,2 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano, ao final de 2013 poderá operar 8 milhões de TEUs anuais, a mesma quantidade que os demais portos brasileiros juntos poderão movimentar. Isso em função da entrada em operação do terminal da Embraport na margem esquerda, que poderá movimentar 2 milhões de TEUs e 2 bilhões de litros de etanol por ano, e da Brasil Terminal Portuário (BTP), que deverá operar inicialmente 1,1 milhão de TEUs e 1,4 milhão de toneladas de líquidos por ano.
É de ressaltar que apenas esses dois terminais vão responder por 65% do aumento da capacidade prevista para o Porto de Santos até o final do ano.
Em outras palavras: só o modal rodoviário não será suficiente para atender à chegada e escoamento de cargas. Será preciso investir não só no modal ferroviário, que hoje transporta apenas 22% das cargas do Porto, como no hidroviário, ou seja, no sistema Tietê-Paraná. Quando as seis barragens previstas para o sistema estiverem construídas, com otimismo talvez por volta de 2016, será possível integrar a hidrovia ao corredor ferroviário de exportação Campinas-Santos, em Piracicaba (no Porto de Artemis) e Salto. Só assim os problemas de trânsito rodoviário na zona portuária deixarão de piorar.
* por Mauro Lourenço Dias, engenheiro eletrônico, é vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística no Departamento de Geotecnia e Transportes da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
O SEESP e os representantes das empresas Sabesp e CPTM (Companhia Paulista de Transporte Metropolitano) realizaram, nos últimos dias, reuniões de negociação, visando à renovação do Acordo Coletivo do Trabalho (ACT) 2013-2014. Por isso, o sindicato está convocando os engenheiros das duas empresas para assembleias, conforme o calendário abaixo, para discussão e deliberação sobre os próximos passos das campanhas salariais.
CPTM
Assembleia Geral Extraordinária
Data: 23 de maio de 2013 (quinta-feira)
Horário: 12h (1ª convocação) e 12h30 (2ª convocação)
Local: Sede da Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí
(Rua José Paulino, 7, Luz – São Paulo/SP)
Sabesp
Assembleia Geral Extraordinária aberta em caráter permanente no dia 14 de maio
Data: 27 de maio de 2013 (segunda-feira)
Horário: 18h (1ª convocação) e 18h30 (2ª convocação)
Local: Sede do SEESP (Rua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo/SP)
Os engenheiros do Metrô de São Paulo realizaram assembleia geral extraordinária, tornada aberta em caráter permanente, na quarta-feira (22/05). Nova assembleia será realizada nesta quinta-feira (23/05), às 18h30, na sede do sindicato (Rua Genebra, 25, Bela Vista, capital paulista). Com a seguinte pauta: avaliação e deliberação sobre a contraproposta da empresa para renovação do Acordo Coletivo do Trabalho (ACT) 2013; e definição sobre os rumos da campanha com possibilidade de deflagração de greve com data indicativa de paralisação para a zero hora do dia 28 próximo.
Fonte: Ação Sindical do SEESP
Nos últimos dias, o SEESP tem participado de várias rodadas de negociação, visando à renovação do Acordo Coletivo do Trabalho (ACT) dos engenheiros do Estado de São Paulo, de empresas públicas e da iniciativa privada. Veja, a seguir, o registro fotográfico dessas reuniões de campanha salarial:
* Campanha Salarial - Negociação com AES Eletropaulo
* Campanha Salarial - Negociação com Sinaenco
* Campanha Salarial - Negociação com a elektro
* Campanha salarial - Negociação Sabesp
* Assinatura da Convenção Coletiva Fiesp
* Campanha Salarial – Negociação com o Metrô
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP