A Arena Fonte Nova, que será inaugurada nesta sexta-feira (5/04) pela presidenta Dilma Rousseff em Salvador, é o terceiro estádio para as copas das Confederações e do Mundo a ficar pronto. Com 50 mil lugares cobertos, conta com 2.100 assentos VIP, 71 camarotes, 94 banheiros, sendo 23 para deficientes, 39 quiosques de alimentação, restaurante panorâmico, área de imprensa, estacionamento coberto com aproximadamente 2 mil vagas e um museu do futebol.
* Veja detalhes da arena no Portal da Copa do Governo Federal
O investimento total é de R$ 591,7 milhões, dos quais R$ 323,6 milhões de financiamento federal. O projeto prevê a manutenção das características originais e a construção, em um modelo de parceria público-privada, de prédios que comportarão estacionamento, shopping center, hotéis e casa de shows. O grupo responsável pela construção ganha o direito de explorar por 35 anos as instalações no entorno do complexo.
Jogos
Na Copa das Confederações, que acontece entre 15 e 30 de junho, a arena sediará três partidas, com duas pela primeira fase (Uruguai enfrenta a Nigéria em 20 de junho e o Brasil encara a Itália em 22 de junho) e a terceira no último dia do torneio, quando serão decididos o terceiro e quarto lugar do campeonato. Na Copa do Mundo, em 2014, serão seis jogos, recebendo três cabeças de chave em quatro confrontos na primeira fase, mais uma disputa de oitavas e de quartas de final.
Imprensa – SEESP
Fonte: Blog do Planalto
Antes da execução da obra, o planejamento. A construção civil começa a utilizar sistemas menos artesanais e que quase não recorrem a elementos como concreto ou tijolo, substituídos por placas metálicas e cimentícias. O processo de planejamento desses empreendimentos é bem mais extenso do que no modelo construtivo tradicional.
Entretanto, a etapa de execução é realizada em menos tempo, chegando a ser até 50% menor que no processo tradicional, de acordo com o diretor da Construtora Tecla, Rogério Castro e Silva Filho. A construtora é uma das que já atua no mercado com o sistema construtivo industrializado.
“O diferencial desse sistema é que a obra é pensada e planejada de forma industrial, otimizada. No modelo tradicional, pilares, vigas e lajes são feitos com concreto moldado no local da obra. Mas já há uma maior aplicação de perfis metálicos para a estrutura das construções. Essas estruturas já vêm prontas de fábrica e são fixadas no local com parafuso. É uma construção seca”, explica Rogério Castro e Silva Filho.
Após seis meses de planejamento, a Tecla levantou um edifício empresarial no Cais do Apolo em um ano, quando no processo tradicional seriam necessários cerca de dois anos. Outro empreendimento que a construtora realiza em parceria com a Maxplural é o Edifício Deco, que está sendo construído em Boa Viagem. “Após seis meses de planejamento, começamos a erguer o Deco em março e devemos entregá-lo em maio de 2014”, prevê.
Apesar das vantagens, o sistema também tem custos mais elevados que os da construção tradicional, reconhece Rogério. “O sistema ainda não é tão difundido porque tem um custo mais alto. Os gastos com insumos no sistema construtivo industrial chegam a ser em torno de 15% maiores que no sistema tradicional.”
O tempo de planejamento também é bem maior. Se numa construção tradicional o planejamento é feito em cerca de dois meses, nesse sistema são necessários até seis meses de preparação.
Imprensa – SEESP
Fonte: Jornal do Commércio de Pernambuco
O governo do Rio Grande do Sul assinou, nesta quinta-feira (4), 15 editais de fomento a inovação, ciência e tecnologia no estado, com recursos de R$ 89 milhões. Além do governador Tarso Genro, a cerimônia, no Palácio Piratini, teve a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação em exercício, Luiz Antonio Rodrigues Elias, e do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Almeida Guimarães, além de representantes de universidades, empresas, polos e parques tecnológicos e comunidade acadêmica voltada à área de tecnologia.
Os editais são da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (Scit) e Fundação de Amparo à Pesquisa no Rio Grande do Sul (Fapergs). Para o governador Tarso Genro, a política de ciência e inovação vai alavancar ainda mais o desenvolvimento econômico do estado e "representa uma visão programática, aliada com o governo federal, para transgredir os limites e tornar o Rio Grande do Sul a sociedade do conhecimento".
Segundo Tarso, o entrosamento do governo com a comunidade acadêmica possibilita o enfrentamento dos desafios do Rio Grande do Sul. "Em dois anos, já temos R$ 134 milhões pagos", contabilizou.
O ministro em exercício elogiou a política de desenvolvimento do estado, ressaltando o valor do investimento e a determinação em inovar. Lembrou o Plano Inova Empresa, que o governo federal lançou em março e envolve R$ 32,9 bilhões em recursos para a área. "O Rio Grande do Sul está acompanhando a estratégia nacional para a inovação tecnológica", disse Elias.
O secretário estadual da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, destacou o volume de investimentos destes editais para fomentar as áreas estratégicas de desenvolvimento econômico. "Estamos anunciando não apenas recursos, mas a possibilidade de futuro, renda, emprego, diminuição das desigualdades sociais a partir da transferência de tecnologia e conhecimento." Segundo Prodanov, a área de ciência, inovação e tecnologia quebra paradigmas, trabalha com e para a sociedade. "Estamos trabalhando um projeto de sustentabilidade no estado."
Editais
Os recursos dos editais da Scit, num total de R$ 43,9 milhões, serão destinados para os programas Polos Tecnológicos (R$ 17 milhões), Parques Tecnológicos (R$ 14,7 milhões), Incubadoras de Base Tecnológica e Indústria Criativa (R$ 5,6 milhões), Rede Rio-Grandense de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (R$ 2,2 milhões) e Indústria Criativa (R$ 4,4 milhões).
Os editais da Fapergs contemplam um volume de recursos de R$ 45 milhões, voltados para programas de pesquisas, formação de recursos humanos, com bolsas de iniciação científica e pós-doutorado, fomento ao intercâmbio científico, tecnológico e artístico-cultural e programas na área de ciência e inovação.
Imprensa – SEESP
Fonte: MCTI
Já está valendo, desde o dia 27 de março, o item da Norma Regulamentadora nº 35 (NR-35) que determina a obrigatoriedade de treinamento dos funcionários pelos empregadores. Publicada no Diário Oficial da União (DOU), em março de 2012, a medida estabelecia o prazo de seis meses para entrar em vigor e de um ano para a realização dos programas de capacitação.
De acordo com a norma, “é dever do empregador promover programa para capacitação dos trabalhadores para realização do trabalho em altura”. Com carga mínima de oito horas, o treinamento, teórico e prático, deve incluir apresentação das normas e regulamentos, análise de risco, sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva, equipamentos de proteção individual, acidentes típicos e condutas em situação de emergência, incluindo noções de resgate e primeiros socorros.
Com o objetivo de garantir a segurança e a saúde dos trabalhos envolvidos direta ou indiretamente com a atividade realizada em altura, o texto envolve o planejamento, a organização e a execução para todo tipo de trabalho realizado acima de 2 m do nível inferior.
O texto estabelece como de responsabilidade do empregador medidas como assegurar a avaliação prévia das condições do local de trabalho em altura, garantir informações sobre riscos e medidas de controle aos trabalhadores e organizar e arquivar a documentação prevista na norma. Enquanto isso, segundo o documento, cabe aos trabalhadores cumprir com as disposições legais da normativa, interromper suas atividades quando detectado risco grave e iminente e zelar pela segurança e saúde de outras pessoas que possam ser afetadas pelas suas ações.
A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e medidas de proteção para o trabalho em altura. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a queda dos trabalhadores de diferentes níveis é uma das principais causas de acidentes de trabalho graves ou fatais. A norma foi concebida de modo a contemplar aspectos da gestão de segurança e saúde no trabalho para todas as atividades desenvolvidas em altura com risco de queda.
Para acessar a NR-35 na íntegra, clique aqui. O MTE também disponibiliza o Manual de Auxílio na Interpretação e Aplicação da Norma Regulamentadora nº 35 – Trabalhos em Altura.
Imprensa – SEESP
Fonte: PiniWeb
Não é por acaso que o livro “Os Sentidos do Trabalho”, lançado no Brasil em 1999 pelo sociólogo Ricardo Antunes, ganha agora uma caprichada edição em inglês da editora Brill, quando países no hemisfério Norte (incluindo os de língua inglesa) enfrentam dura crise econômica e de emprego.
Resultado de um pós-doutorado na Universidade de Sussex, Inglaterra, feito com apoio da FAPESP entre 1997 e 1998, o livro fala sobre a precarização do trabalho e de sua importância capital no mundo contemporâneo. Originalmente, foi apresentado por Antunes no concurso para professor titular em Sociologia do Trabalho na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Uma tese central do livro é de que adentrávamos numa era de precarização estrutural do trabalho em escala global. Acho que muita gente não acreditou na época”, afirmou o sociólogo, que é professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, à Agência FAPESP.
“Hoje você tem um jovem pós-graduado europeu que é parte do proletariado precarizado. Um jovem pós-graduado em engenharia ou economia que limpa hotéis, vende hambúrgueres, trabalha como camareiro ou faz trabalho de cuidador.”
Antunes recebera o convite para publicar a obra pela Brill, cuja sede fica em Leiden, na Holanda, mas a publicação estava condicionada à apresentação do texto em inglês.
“Foi então que encontrei a acolhida da FAPESP, que tornou viável a publicação desse livro”, disse o sociólogo, que obteve apoio para realizar a tradução dentro de um Auxílio à Pesquisa – Regular. “Sei que ele acabou sendo uma espécie de projeto-piloto e, pelo menos dentro das Ciências Humanas, foi a primeira publicação em língua inglesa com apoio da FAPESP.”
Em Os Sentidos do Trabalho, Antunes buscou “dialogar criticamente com uma tendência fortemente eurocêntrica que minimizava a importância do trabalho no mundo contemporâneo ou até mesmo vaticinava o fim do trabalho”.
Entre os pensadores dessa corrente, Antunes inclui o filósofo alemão Jürgen Habermas, o sociólogo alemão Claus Offe, o filósofo francês André Gorz (1923-2007), o sociólogo e ensaísta alemão Robert Kurz (1943-2012), a socióloga francesa Dominique Mèda e o economista e escritor norte-americano Jeremy Rifkin.
“Eu não encontrava evidências empíricas disso [do fim do trabalho ou da redução da importância do trabalho na sociedade contemporânea] nem no norte do mundo muito menos no sul do mundo”, afirmou Antunes. “Mais do que isso, o que vinha ocorrendo me levava a constatar a existência de uma nova morfologia do trabalho.”
Enquanto várias categorias de trabalho ou de ocupação desapareciam, outras surgiam, entre elas as de tecnologia da informação e comunicação e a dos trabalhadores dos call centers.
“Muitos autores europeus e norte-americanos não têm uma visão restrita ao norte do mundo. Mas a tese do fim do trabalho ou a tese da perda da centralidade do trabalho tinha um acento eurocentrista”, disse Antunes.
“Como um intelectual do sul do mundo que buscava entender o trabalho em uma dimensão global, não incorri nessa limitação eurocêntrica que atingia parte desses autores e percebi que meu livro começou a ter acolhida porque publiquei vários artigos com as teses do livro em inglês, espanhol, francês, alemão em revistas acadêmicas”, disse.
A publicação em inglês data de 2013, embora o lançamento oficial tenha ocorrido em novembro de 2012, na Universidade de Londres, por conta de uma pré-tiragem especial para um congresso. Os Sentidos do Trabalho (The Meanings of Work, na versão de língua inglesa, que integra a coleção “Historical Materialism”, da Brill) já foi publicado também na Itália, na Argentina e em Portugal e está sendo traduzido agora para o francês.
De acordo com Antunes, hoje o trabalho pode ter se tornado, em vários ramos, muito mais instável, quase virtual: há quem trabalhe em casa, muito trabalhadores tornam-se PJ (pessoas jurídicas), outros negociam contratos sem carteira assinada, multiplica-se o trabalho informal, com direitos parciais ou sem direito algum e, com isso, a estabilidade do emprego tende cada vez mais a desaparecer.
“O trabalho é em si e por si instável. Há uma tendência decrescente do trabalho com direitos e uma tendência crescente, uma explosão, de trabalhos sem direitos, expressando os múltiplos modos de ser da informalidade”, afirmou ele.
“Tudo isso criou uma nova morfologia do trabalho, o que não o eliminou nem mostrou que ele é desimportante. É, sim, muito diferente e temos que entendê-lo. E é isso que venho procurado fazer em meus estudos”, disse.
Mais informações sobre a edição em inglês em www.brill.com/meanings-work.
Imprensa – SEESP
Fonte: Agência Fapesp
A modernização e urbanização em São Paulo nas primeiras décadas do século 20 forçaram a população pobre e rural a constituir uma massa trabalhadora urbana que, diante da ausência de moradias acessíveis, formaram os primeiros núcleos de habitação informal da cidade, como a antiga Favela Vergueiro, área hoje ocupada pela Chácara Klabin. Neste contexto, entre outros fatores, o Estado assumiu o papel de agente formador de favelas ao permitir a capitalização do acesso a moradias em condições adequadas.
Esses apontamentos estão na pesquisa de Fernão Lopes Ginez de Lara, realizada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Segundo o autor, formado em Geografia, políticas sustentadas pelo Estado oferecem mais garantias às empresas do que às pessoas e seus direitos básicos. “As políticas de desfavelamento tiveram e ainda têm ampla aceitação pública, e esse público não percebe que elas são estritamente intervencionistas e aplicam fortes restrições à vida das pessoas”, diz o pesquisador.
O trabalho de mestrado Modernização e desenvolvimentismo: formação das primeiras favelas de São Paulo e a favela do Vergueiro, orientado pelo professor Anselmo Alfredo, do Departamento de Geografia da FFLCH, permite inferir que as políticas e as legislações desfavorecem o direito à moradia. Lopes destaca que mesmo a constituição do Estado é determinada por interesses do capital e não das pessoas, ao garantir a propriedade imobiliária e dispôr meios para particulares recuperarem as áreas reivindicadas utilizando, inclusive, a polícia militar no processo.
Fatores
Segundo Lopes, é consenso que a formação de favelas teve maior crescimento em 1970, porém sua pesquisa mostra que já anteriormente houve ascensão desses núcleos de habitação e tentativas de implantar políticas de desfavelamento. Os fatores que favoreceram a formação destes núcleos foram a vinda de imigrantes, a valorização de áreas centrais da cidade, a industrialização e o êxodo rural da população pobre.
Submetidas à atuação do mercado imobiliário, famílias se viram obrigadas a habitar de maneira precária alguns terrenos para, em seguida, serem determinadas como invasoras. “As favelas funcionavam como receptáculo desta população” diz o pesquisador. Para ele, as políticas de desenvolvimentismo e sanitarismo estimulavam a indústria, com construção de avenidas e grandes obras públicas, e criavam condições que ampliaram o mercado em São Paulo, ao mesmo tempo em que desalojavam moradores pobres para “abrir caminho para o progresso”. “O desenvolvimentismo também ampliou as condições para a pobreza e miséria, próprias desse novo momento do capitalismo”, explica Lopes, acrescentando que “as pessoas desalojadas eram realocadas em locais inadequados e provisórios, com limite de escolha mínimo”.
Ainda sobre a Favela Vergueiro, Lopes diz que, inicialmente, a própria família Klabin oferecia seus terrenos para arrendamentos rurais, na tentativa de manter a posse da grande área — 775 mil metros quadrados (m²) —, mas perdeu o controle sobre os lotes e apelou para a disputa jurídica para retomar o terreno. O que foi um problema para a família Klabin, após 40 anos se tornou um grande negócio. “Após a desapropriação das famílias que ali moravam, houve um incrível aumento do preço da terra” conta Lopes. A sua pesquisa baseou-se em processos judiciais, jornais, filmes e literatura associada à época, além de algumas entrevistas de alguns vizinhos à área ocupada pela antiga Favela Vergueiro.
Histórico
Lopes também estudou na sua dissertação a formação de movimentos de desfavelamento, empenhados na extinção das favelas, iniciados na década de 1960 e apoiados tanto por representantes conservadores da sociedade quanto pela esquerda católica da época. Políticas como reassentamentos em regiões isoladas e envio de famílias migrantes a suas cidades de origem eram já bem aceitas por setores da população. Essas políticas eram externas, assistencialistas e não contavam com a participação dos moradores das áreas ocupadas. Nos anos 1980, a sociedade começou a questionar as políticas de desalojamento e houve crescimento dos movimentos sociais de defesa dentro das próprias comunidades.
Durante a preparação do mestrado, o pesquisador pode acompanhar a retomada da posse do terreno ocupado pela Comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos, e narrou os fatos no seu trabalho. “Essas desapropriações remetem à Canudos” conta. O objetivo de sua pesquisa era investigar a modernização capitalista do Brasil e a os problemas surgidos com a ela. “Tentei fazer um paralelo da urbanização com a formação brasileira”. O grupo de pesquisa do qual Lopes participou para escrever sua dissertação promove leituras da obra O Capital, de Karl Marx.
Imprensa – SEESP
Fonte: Agência USP de Notícias
Acontece no próximo dia 12 (sexta-feira), às 11h, no prédio da Engenharia Civil da Escola Politécnica (Poli) da USP (Universidade de São Paulo) uma palestra, seguida de roda de discussão, sobre “A representação da mulher na mídia e nas construções simbólicas: de objeto a sujeito e de sujeito a objeto”.
O palestrante será Ricardo Alexino Ferreira, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP). O endereço é Av. Prof. Luciano Gualberto, Trav. 3, 380, Cidade Universitária, São Paulo.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Imprensa – SEESP
Com informação da Agência USP de Notícias
Um dos grandes desafios do crescimento é o da formação e capacitação de engenheiros. Passa pela criação de vagas, abertura de novas faculdades de qualidade. Mas, também, pela mudança do enfoque da formação do engenheiro.
O Seminário “Formação de Engenheiros no Brasil”, promovido pelo Brasilianas, trouxe informações relevantes sobre o momento.
Todo engenheiro necessita de uma sólida formação em algumas ciências exatas, da matemática à física. Tem que dispor do instrumental matemático necessário para identificar e resolver problemas.
Dada a base, há um movimento de mudar radicalmente a pedagogia do ensino, de maneira a aproximar a formação do engenheiro do mundo real.
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Conforme anotou Alessandre Fernandes Moreira, vice-diretor da Escola de Engenharia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), há muito poucos estudos pedagógicos sobre o ensino de engenharia. E isso em um mundo exposto a novos valores, exigindo uma multiplicidade de funções do engenheiro, como compromisso com o crescimento econômico, a responsabilidade social, a responsabilidade ambiental, os problemas do cotidiano.
Moreira defende currículos flexíveis e uma grande inserção de cadeiras de Pesquisa e Desenvolvimento, inovação e empreendedorismo, além das parcerias com o mercado de trabalho.
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Mas os grandes saltos estão ocorrendo nas chamadas universidades corporativas – ligadas a grandes empresas.
É o caso das Universidades Corporativas da Embraer e da Petrobras.
Segundo Mauro Kern, vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer, em 2000 a empresa sentiu dificuldade em aumentar o quadro de engenheiros apenas a partir de contratações, dada a heterogeneidade dos cursos de engenharia.
Criou, então, um programa para formar engenheiros das diversas escolas de engenharia, para que já entrassem jogando.
O programa começou em 2001. De lá para cá, formou 1.200 engenheiros. O curso tem 50 candidatos por vaga, 3 mil candidatos para 60 vagas e é feito em parceria com o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica).
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O curso tem três fases. O fundamental, é de cinco meses. A especialização toma mais quatro meses, e é constituído dos cursos de eletrônica, mecânica aeronáutica, estrutura, software e manutenção.
Ao final desse período, cada aluno tem que fazer um projeto de avião, desde a fase de pesquisa de mercado até o projeto de avião, analisando desempenho, aerodinâmica, otimização do peso, arquitetura de sistemas, modelos de manufatura etc. Tudo isso devidamente trabalhado em um plano de negócios.
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Essa mesma metodologia é aplicada na Universidade Petrobras, conforme relatou o responsável José Alberto Buchab.
Todo o programa é focado no plano de negócios e nos objetivos da companhia.
Os programas de formação destinam-se aos profissionais que acabaram de entrar na empresa, e levam de 3 a 13 meses para 17 carreiras das 33 de nível superior da empresa.
Depois disso, aplica-se a educação continuada ao longo de toda sua carreira na empresa.
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Embraer e Petrobras concordam em um ponto relevante: a qualidade dos alunos de engenharia de hoje é infinitamente maior do que a das últimas décadas.
Imprensa – SEESP
Por Luis Nassif – em CartaCapital
O Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (Piauí) condenou a empresa Comercial Ferronorte a indenizar, por danos morais e materiais, um operador de máquinas que perdeu um dedo em acidente de trabalho. A empresa foi responsabilizada por não capacitar adequadamente o funcionário para operar uma máquina chamada de "ponta rolante esmagadora", o que causou o acidente. Ele teve dois dedos de sua mão esmagados, que resultou na amputação da quinta falange de um dos dedos e na fratura de um outro. A decisão é da 2ª Turma, em votação unânime.
A empresa chegou a ganhar a ação em primeira instância, alegando que o acidente ocorreu por culpa exclusiva do empregado, que teria agido por displicência ou descuido ao acionar o dispositivo de funcionamento da máquina em que trabalhava. O trabalhador recorreu à segunda instância.
Para o relator do processo, desembargador Manoel Edilson Cardoso, ficou provado que o ex-empregado teve contato, logo nos primeiros dias de trabalho, com maquinários e estruturas com as quais não estava habituado, sem a devida contrapartida de treinamento ou qualificação prestados pela empresa empregadora. "Como consequência, o obreiro sofreu acidente, talvez não por imperícia, mas por total despreparo no manuseio dos instrumentos de trabalho", explicou, negando a tese de culpa exclusiva do empregado no acidente de trabalho.
O desembargador Manoel Edilson Cardoso demonstrou, no relatório, que ficou clara a negligência da empresa no cumprimento de regras básicas de segurança do trabalho pela ausência de fiscalização, orientação e treinamento, resultando na exposição do trabalhador a condições inseguras no ambiente de trabalho.
"É obrigação do empregador zelar pela integridade física de seus empregados, garantindo ambiente de trabalho seguro, cumprindo e fazendo cumprir as normas de segurança do trabalho. Neste sentido, dispõem o inciso XXII do artigo 7º da Constituição Federal e os artigos 154 e seguintes da CLT", afirmou o desembargador ao condenar a empresa a indenizar o ex-operário por danos morais e danos estéticos.
Contudo, o desembargador negou o pedido de pensão mensal vitalícia solicitada pelo trabalhador. Para ele, ficou constatado que o acidente provocou a redução e não a perda total da capacidade de trabalho da vítima, que continua apta para o exercício de outra atividade remunerada. "Por essa razão, não se justifica a percepção de pensão mensal vitalícia, sob pena de se estar estimulando a inatividade a quem tem condições de permanecer no mercado de trabalho por muitos anos ainda", pontuou o desembargador Manoel Edilson Cardoso. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-22.
Imprensa – SEESP
Fonte: Consultor Jurídico
A cidade de Diadema, no Grande ABC, receberá o repasse de R$ 1,761 milhão, do governo do Estado, referente aos certificados aprovados para a Lei Paulista de Incentivo do Esporte e Inclusão Social. Com a verba, serão desenvolvidos três projetos na cidade: R$ 860 mil para obras no Estádio do Taperinha, localizado na Vila Nogueira, e para as escolas de formação de jogadores de futebol do CAD (Clube Atlético Diadema), que disputará a Segunda Divisão do Campeonato Paulista a partir do dia 27 de abril - hoje Diadema cede o local para treinamentos do CAD; R$ 341 mil para o Instituto Olga Kos, que oferecerá aulas de taek won do para deficientes mentais; e R$ 560 mil para o Programa Passe de Mágica (da ex-jogadora Magic Paula).
O prefeito de Diadema agradeceu o apoio do governo estadual pelo repasse dos valores aos projetos aprovados. “Este é o resultado efetivo do primeiro contato que tivemos com o governo estadual na área do esporte que se concretiza de forma muito positiva”, afirmou o prefeito Lauro Michels Sobrinho.
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Fonte: Prefeitura de Diadema